Literatura

10 Dicas para futuros escritores

Um pequeno disclaimer: ter dois livros publicados não faz de mim escritora, mas dá-me mais experiência para poder falar sobre o assunto. Estas dicas são apenas isso — dicas — e cada um é livre de concordar ou não com elas.

 

 

  • Ler, ler, ler — é fundamental para quem quer escrever, seja o que for, ler. E ler muito. Livros, contos, artigos… coisas boas e coisas más. Mas ler. Aprendem novas palavras, conhecem outras formas de escrever e ficam um bocadinho mais cultos. Querem mais motivos?
  • Aperfeiçoar a escrita — escrever correctamente e criar um “estilo de escrita”, ou seja, uma forma de escrever que as pessoas reconheçam como vossa. Com o tempo, a vossa “voz” vai ganhando força e a vossa escrita torna-se melhor e melhor.
  • Escrever, riscar, re-escrever — eu gosto de escrever tudo de uma vez e reler no final. Aí parece que trabalho na Censura e farto-me de riscar e corrigir palavras, frases e expressões. Já cheguei a mudar um capítulo inteiro, mas não precisam de ser radicais como eu. No entanto, re-escrever é a melhor forma de terem a certeza de que tudo faz sentido e de que não se enganaram em nada.
  • Dar a ler — comigo isto funciona muito mal. Não gosto de que leiam coisas minhas inacabadas e, no final, tenho sempre dúvidas em relação às opiniões. Mas éimportante que alguém de fora leia o que escrevem para terem uma ideia de se estão a ser claros no vosso texto e, também, para perceberem quais os pontos fracos que podem vir a melhorar.
  • Saber quem é o vosso público — se estão a escrever para publicar, têm de conhecer o vosso público. É tão simples quanto: escrever para crianças não tem nada a ver com escrever para adultos, logo não podem usar o mesmo tipo de linguagem para casos tão distintos. Além disso convém saberem…
  • …o tipo de livro que estão a escrever — quando o vosso livro tem um tema central, façam pesquisa. Leiam sobre isso, informem-se. Tão importante como conhecer o público, é saberem como dar ao público aquilo de que ele precisa e, por isso, têm de lhe dar informações que correspondam à realidade de determinada situação.
  • Publicar — agora que já escreveram, leram, re-escreveram e têm a certeza de que é a vossa versão final, começa o grande martírio: publicar. Há centenas de editoras em Portugal e o difícil não é contactá-las. O difícil é obter respostas. Eu tive duas respostas. Contactei cerca de quinze editoras.
  • Insistir — enviem e-mails, telefonem, enviem cartas. Insistam. A resposta há-de chegar, mas têm de insistir e lutar por ela. Se for positiva, então preparem-se, que isto não é só escrever e está tudo feito. Se for negativa…
  • Não desistir — uma das respostas que mais me magoou foi um “não”. Veio de uma editora e seguia-se algo como “não estamos interessados em publicar autores desconhecidos”. Doeu, claro, mas não desisti. Todos os escritores têm de saber fazer o mesmo: não desistir. Se têm a certeza de que o vosso livro é bom, então não desistam. Contactem outras editoras, vão à guerra. Quando ouvirem um “sim”, vão saber que valeu a pena.
  • Aprender com os erros — depois do primeiro livro, vão seguir-se mais, esperemos, e é importante fazerem uma auto-análise para saberem o que podem melhorar. Mas, acima de tudo, o importante é que escrevam. Muito. Todos os dias. A vossa hora de brilhar, nem que seja só na vossa terrinha, vai chegar. E, enquanto esperam, o melhor é ocuparem o tempo a escrever.

 

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