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A Rapariga no Comboio: quando o filme descarrila…

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Baseado no bestseller de Paula Hawkins, a história centra-se em Rachel (Emily Blunt), uma mulher melancólica, depressiva, alcoólica e marcada pelo recente divórcio. Todos os dias, ao viajar de comboio entre a sua casa e o emprego, fantasia a vida perfeita de um casal que vive numa das casas visíveis durante o seu percurso diário, projetando nesse casal um romance idílico. Este “vício” rotineiro vai aumentando até que, um dia, Rachel vê algo perturbador: a mulher do casal (interpretada por Haley Bennett) na varanda, agarrada a outro homem… É a partir daqui que a história ganha ritmo e as personagens se cruzam. O filme, realizado por Tate Taylor (As Serviçais), conta ainda com a participação de Justin Theroux (Tom, o ex-marido de Rachel), Rebecca Ferguson (Anna, atual mulher de Tom) e Luke Evans (homem do casal misterioso).

Porém, se a longa-metragem não tardou em chegar, as críticas à adaptação também não. Muitas foram as alterações feitas do livro para o grande ecrã. Desde o espaço onde decorre a história (Londres no livro, Nova Iorque no filme), até à bebida de eleição de Rachel (gin tónico no livro, vodca no filme), passando pela alteração de caraterísticas psicológicas de algumas personagens secundárias.

Parecem insignificantes, mas, este tipo de alterações, para quem lê os livros e depois vê os filmes, são importantes. A história perde um pouco da magia inicial e, neste caso, atrevo-me a dizer que perdeu bastante.

Não posso deixar de referir que A Rapariga no Comboio foi o livro mais vendido em Portugal em 2015. Este sucesso ficou mais do que comprovado quando em outubro deste ano, nos primeiros cinco dias de exibição, o filme foi visto por mais de 60.000 espetadores.

Mesmo para aqueles que gostam de blockbusters, este filme sacia, mas não alimenta.