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Carles Puigdemont foi libertado, afirma ser uma vergonha para a Europa ter presos políticos

Após ter pago a fiança imposta pelo tribunal alemão de 75 mil euros, o ex-presidente da Catalunha foi libertado e expôs as suas opiniões em relação à sua detenção, apelando pelos seus companheiros.

O ex-presidente catalão saiu da prisão de Neumunster perto das 13h de sexta-feira, duas semanas após ter sido detido na Alemanha quando tentava regressar à Bélgica. À saída pediu que todos os seus companheiros que estão presos fossem libertados imediatamente, afirmando que “é uma vergonha para a Europa que tem lutado pela democracia ter presos políticos que não cometeram qualquer crime”, recorde-se que estão presos outros 13 políticos independentistas por crimes de rebelião. Puigdemont reforçou ainda: “É hora de fazer política, não há desculpas. Há anos que temos vindo a pedir diálogo, mas em resposta só obtivemos violência e repressão”, declarou.

Discurso de Puigdemont à saída de Neumunster

 

 

Na quinta-feira anterior a justiça alemã não considerou admissível a acusação por “rebelião” por não cumprir o requisito de “violência”, que pressupõe o uso de força suficiente para contrariar as autoridades, mas aceitou o procedimento por “desvio de fundos públicos” que a Procuradoria havia incluído na petição.

Do lado do governo Espanhol a reação não se fez esperar. Inigo Mendez de Vigo, porta voz do executivo, indica que respeita a decisão dos tribunais alemães, mas recusa a indicação de Puigdemont de que é “hora de fazer política” e mantém o discurso de que em causa não esta a política, mas sim uma acusação judicial. Já o governo alemão apressou- se a indicar que “não há nada que se possa dizer sobre o tema, tratando-se de um caso que está nas mãos da Justiça e não afecta as relações entre os dois Governos”, garantiu a vice-porta-voz do executivo alemão, Ulrike Demmer.

Em causa está o referendo  de Outubro na Catalunha e posterior declaração unilateral da independência da Catalunha que o governo de Mariano Rajoy considera inconstitucional tendo aplicado a 27 de Outubro de 2017 o artigo 155 da sua constituição que demitiu o executivo de Puigdemont e suspendeu a autonomia da Catalunha. Posteriormente, a justiça espanhola indicou uma acusação formal de rebelião contra uma serie de políticos responsáveis pelo referendo o que levou Puigdemont a partir para o exilio temporário em Bruxelas.

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