Música

Dave Grohl, o homem dos 7 ofícios

Dave Grohl é um artista de difícil definição. Não podemos dizer que ele pertence aqui ou ali ou muito menos dizer que ele toca isto ou aquilo. Mas porquê? Porque Grohl é um artista na verdadeira concepção da palavra. É um homem do rock, um verdadeiro amante da música que o século XX não ceifou aos 27 anos e que nos permitiu desfrutar da sua criatividade, amor e dedicação.

Vamos lá esclarecer. Quem é Dave Grohl? Dave é guitarrista, vocalista, baterista, baixista e faz talk box. E a que banda pertence? Peço desculpa, vou reformular: “A que bandas pertence”? O músico americano é um ex-membro dos míticos Nirvana, ex-baterista dos Queens Of Stone Age, actual membro dos Them Crooked Vultures e membro/fundador de uma das maiores bandas de rock da actualidade, os Foo Fighters, na qual desempenha as funções de guitarrista e vocalista.

Atenção! Devo informar desde já os demais que o difícil acto de definir Dave Grohl não fica por aqui. Desenganem-se! Afinal o que é Grohl? É um músico, mas não só. Para além de músico, e de tocar toda uma panóplia de instrumentos, o norte-americano é também compositor contando com diversos temas da sua autoria. Mais recentemente, estreou-se mesmo como produtor à frente do documentário intitulado “Sound City”. Já acabou? Sim, já. Mas temo afirmar que já terminou, uma vez que nunca sabemos o que esperar deste homem! Confesso que receio que quando este artigo chegue aos vossos olhos Dave Grohl já se tenha tornado pintor, bailarino ou até quem sabe empregado de mesa.

O artista norte-americano encarna toda a loucura necessária para ser um músico que ficará na história mundial. Criatividade, ambição, iniciativa e frontalidade são palavras que definem este homem dos sete ofícios!

Actualmente encontra-se a trabalhar com os Foo Fighters, por muitos considerada a melhor banda de rock deste século, no seu novo álbum, que chegou às lojas portuguesas a 10 de novembro. O último álbum da banda, Sonic Highways, que os trará a Portugal no próximo ano, tem tudo o que de bom se podia esperar: músicas enérgicas num registo habitual da banda norte-americana. Com a voz de Grohl a irromper perante os acordes por ele criados, Sonic Highways, um dos álbuns mais aguardados do ano, vem assim confirmar um estatuto que vale ouro.

Dave Grohl não se pode definir. No entanto, pode definir outro algo. Dave Grhol não é sinónimo de nada, é sinónimo de tudo. E música é sinónimo de Dave Grohl. O músico americano incorpora o espirito louco e de génio dos artistas da segunda metade do século XX. É um pedaço de genialidade que persistiu até os dias de hoje, e tudo o que podemos pedir é que prospere, que continue a tocar mais instrumentos, que continue a criar e a participar em mais bandas, que se expanda pelos diferentes níveis de arte e, acima de tudo, que transmita a esta nova geração de músicos de prateleira o amor pelos acordes, o prazer de ter os dedos calejados e bom que é ouvir o berrar de fãs estridentes enquanto se espera a entrada para um concerto.


Congregation”, uma das músicas que incorpora o novo álbum da banda “Foo Fighters”

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