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Jornal de Campanha – 30 de Setembro de 2015

O candidato do Partido Unido de Reformados e Pensionistas (PURP), António Mateus Dias, apelou esta quarta-feira aos idosos para “abrirem os olhos” e não caírem nas “promessas falsas” dos principais partidos.

Numa acção de campanha em Alcântara, o líder do partido disse à Lusa que, do contacto que tem tido com as pessoas, “há muita gente descontente e que quer uma mudança”; “pensamos que alguma coisa irá acontecer”.

Ainda por Lisboa, o líder da Coligação Democrática Unitária (CDU), Jerónimo de Sousa, afirmou que quer evitar falar do PS para não lhe provocar “nervos” antes da eleições. “Não vou falar do PS outra vez, depois vocês transmitem isso e o António Costa fica com o nervoso. Nós, para além dos objectivos de crescer em votos e mandatos, temos como outro objetivo claro derrotar esta direita, PSD e CDS, que tanto mal fizeram ao nosso povo durante anos”, afirmou, assim, o secretário-geral comunista.

Não ficando por aqui, o líder do PCP sublinhou depois que “não basta uma mudança de rostos” e “ é preciso, de facto, uma mudança e uma ruptura de políticas”.

Continuando nos partidos de esquerda, o Bloco de Esquerda defendeu que o Governo deve orçamentar um investimento mínimo de 15 milhões de euros para a Lusa, bem como equacionar um plano de recuperação.

A Comissão de Trabalhadores da Lusa entregou no passado dia 11 de Setembro uma carta aos líderes dos cinco partidos mais influentes em que perguntava qual a sua posição sobre a agência caso cheguem ao Governo, após as eleições legislativas. O Bloco de Esquerda, na sua resposta, sublinhou que “a Lusa tem um papel central de serviços público num país cujos órgãos de comunicação social nacional e local estão seriamente debilitados”. O partido teve esta tarde uma arruada, em Lisboa, seguindo-se uma campanha para Almada, onde, durante a noite, tem agendado um comício na Incrível Almadense.

Também durante esta quarta-feira, o líder do PS defendeu que hoje “a situação económica” é “diferente da de 2011”. Num almoço em Abrantes, no distrito de Santarém, António Costa disse que não existe um programa de relançamento da economia nacional assente em obras públicas, investimentos e no aumento da despesa pública. “É assente em dois vectores fundamentais: a reposição do rendimento das famílias e a criação de condições de investimento por parte das empresas”, concluiu, ainda, o Secretário-Geral do Partido Socialista.

Empenhado em lutar contra a abstenção, Costa dirigiu ainda algumas palavras aos que “se interrogam sobre se vão votar”, insistindo que “ficando em casa, não escolhem, não decidem e deixam a decisão aos outros”.

Por fim, sobre o governo de coligação PSD/CDS-PP, insistiu: “Não merece confiança quem mentiu já uma vez e não está arrependido”.

Mais à direita, os líderes dos dois partidos, Passos Coelhos (PSD) e Paulo Portas (CDS), estão de acordo em pedir uma maioria absoluta, mas não deixaram de protagonizar uma pequena altercação em Lamego. Durante um almoço hoje entre os líderes partidários, o presidente da câmara municipal da cidade, Francisco Lopes, prometeu transformar o distrito de Viseu para que passe de um “Cavaquistão” para um “Passistão”. Contudo, Paulo Portas não deixou passar tal comentário e no seu discurso aclarou que preferira um “PAFistão”. Pedro Passos Coelho, todavia, voltou a insistir que o “Passistão” era precisamente sinónimo da unidade de coligação.

Mas voltando à política, Passos e Portas estão de acordo em pedir “maioria no Parlamento”. O primeiro-ministro começou por dizer que “ninguém na coligação diz que vivemos no céu” e retrata um “cenário de irrealismo”, reconhecendo que “há ainda muitas pessoas que vivem em dificuldades” e “muitos desempregados”. Nesta maneira, Passos recusa dizer que “tudo serão rosas nos próximos anos”, mas acredita que vai ser pior se não houver um governo de maioria ou um executivo do PS: “voltaríamos a ficar à mercê destas circunstâncias”.

Concordando com Passos Coelhos, o líder do CDS pede maioria para evitar que a esquerda faça uma “maioria de bloqueio ou de obstrução”, conseguindo, de tal maneira, impedir a coligação de promover a “recuperação e o crescimento económico nos próximos quatro anos”.

Por fim, Portas ainda lembrou aos presentes que “as eleições se decidem no eleitorado que está no centro, que só o PSD e CDS podem garantir que a oposição siga a política de bota abaixo”.