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“Juventude em Marcha – Trabalho com Direitos! Contra a precariedade e Exploração!”

“Uma coisa são os cofres cheios, outra coisa são as barrigas vazias”, afirmou este sábado Arménio Carlos, em declarações à Lusa, na Praça da Figueira, em Lisboa, de onde partiu a marcha “Juventude em Marcha – Trabalho com Direitos! Contra a precariedade e a Exploração!”.

O Secretário-geral da CGTP- IN disse que “a ministra das Finanças pode estar muito satisfeita por ter dinheiro para pagar aos credores com juros usurários”, no entanto defendeu que “a esmagadora maioria do povo não está melhor”.

Para o dirigente sindical basta olhar para aqueles que “não têm emprego ou estão em subocupação” e para “os trabalhadores licenciados cujas ofertas do Instituto do Emprego e Formação Profissional apontam para salários de 560 euros ilíquidos”.

Ao longo da semana a Interjovem esteve em todos os distritos a realizar acções informativas e, de acordo com Arménio Carlos, “há um grande consenso” no sentido de “combater esta chaga do século XXI, que é a precariedade”. “Este é um problema que deixou de ser apenas dos jovens, é de toda a sociedade portuguesa e, por isso mesmo, implica uma solidariedade intergeracional activa”, defendeu o secretário-geral da CGTP-IN.

Rita Rato, deputada do PCP, esteve também na manifestação e disse que o seu partido vai apresentar “um pacote de medidas”, com vista a “reduzir a capacidade de contratação a termo quando se trata de necessidades permanentes” por parte do empregador, assim como “a proibição do recurso a um estágio cada vez que [está em causa] uma necessidade permanente para ser suprida”.

Filipa Costa, coordenadora nacional da Interjovem, explicou à Lusa que os jovens que se manifestaram “exigem trabalhar”. “Estamos contra a falta de estabilidade laboral”, acrescentou.

Jovens de todo o país deslocaram-se a Lisboa para participarem na manifestação nacional, que terminou a semana de protesto contra a precariedade laboral de que são vítimas.

A Interjovem incita os jovens a exigir que as suas habilitações e competências sejam valorizadas e sua actividade profissional dignificada. Outras das reivindicações desta estrutura da CGTP são o fim do desemprego, aumento dos salários e melhoria das condições de trabalho e de vida.c1

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