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Morreu o físico Stephen Hawking

Stephen Hawking, físico britânico, morreu na madrugada desta quarta-feira, anunciou um porta-voz da família, citado pela agência Associated Press.

Aos 21 anos foi-lhe diagnosticada uma doença degenerativa – esclerose lateral amiotrófica – e há décadas que vivia paralisado e restringido a uma cadeira de rodas. Segundo o médico, Stephen Hawking teria no máximo dois anos de vida. Em 2013, perdeu os movimentos faciais que lhe permitiam comunicar.

Uma das últimas aparições de Hawking foi na Web Summit, em Lisboa, em 2017, onde surgiu como convidado especial. Através de um vídeo, o físico falou de inteligência artificial — que, defende, pode ser o mais importante símbolo da nossa civilização.

O mais velho de quatro filhos, de Isobel Walker e de Frank Hawking, casal que se conhecera num instituto médico londrino, Stephen Hawking nasceu a 8 de janeiro de 1942, em Oxford.

Estudou na Universidade de Oxford e na Universidade de Cambridge. Aos 23 anos, Stephen Hawking casou-se com Jane Wildede quem se viria a separar na década de 90.

Em 1982, tornou-se membro da Ordem do Império Britânico, que reconhece os mais distintos contributos britânicos às artes e ciências do Reino Unido e, nesse mesmo ano, começou a trabalhar como professor de Matemática na Universidade de Cambridge, cargo que três séculos antes tinha sido desempenhado por Isaac Newton.

Em 1985, depois de apanhar uma pneumonia, numa visita à Suíça, Stephen Hawking esteve às portas da morte. Chegou a estar vivo apenas sob assistência artificial e os médicos perguntaram à sua mulher, Jane, se autorizava que as máquinas que o mantinham vivo fossem desligadas. Mas uma operação bem sucedida em Cambridge — onde os médicos lhe inseriram um tubo de respiração – teve efeito decisivo, salvaram-lhe a vida mas Stephen Hawking acabou por perder a voz.

Três anos depois, Stephen Hawking publica um livro que vendeu mais de dez milhões de cópias em todo o mundo. “A Brief History of Time: From the Big Bang to Black Holes” (em português “Breve História do Tempo: Do Big Bang aos Buracos Negros”).

Revolucionou os estudos sobre os buracos negros, nunca deixando de se indagar sobre a origem do Universo. Ao mesmo tempo que provocava, com humor e intelecto, o que sabíamos sobre o cosmos – tanto junto das academias como do público –, desafiava os próprios limites da vida humana.