Informação

PJ efetua buscas no Benfica por suspeitas de corrupção

Esta quinta-feira, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa e o Benfica emitiram comunicados a confirmar as buscas efetuadas por parte da Polícia Judiciária (PJ) não só no estádio da Luz, mas também nas residências do comentador Pedro Guerra e do presidente do clube, Luís Filipe Vieira, no âmbito de suspeitas por crimes de corrupção.

O clube das Águias lamentou a demora desta operação, mas afirmou encarar as investigações “com a maior normalidade” e acrescentou que “desde o primeiro momento requereu e disponibilizou-se a fornecer toda a informação necessária”.

Em causa estão as supostas trocas de correspondência eletrónica entre Paulo Gonçalves, Luís Filipe Vieira, Pedro Guerra, o ex-árbitro Adão Mendes e o delegado da Liga Nuno Cabral, que o diretor de comunicação do Futebol Clube do Porto, Francisco J. Marques, leu em direto no Porto Canal, acusando os encarnados de estarem envolvidos num “esquema que envolve arbitragem e adultera a verdade desportiva”. Para além disso, revelou ainda a alegada partilha de mensagens de telemóvel entre o diretor de conteúdos da BTV e o ex-presidente da Assembleia-Geral da Liga, Carlos Deus Pereira, e o atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, na altura em que presidiu à Liga de clubes.

Recorde-se que no passado dia 13 de outubro, o Tribunal Cível da Comarca do Porto rejeitou a providência cautelar apresentada pelo Benfica para impedir os Dragões de divulgar novas informações sobre a polémica dos emails. No mesmo dia, o porta-voz dos advogados do Benfica, João Correia, exigiu que se apurasse “se aquilo que é divulgado pelo Porto Canal corresponde ou não à realidade” e acusou o canal de três crimes diferentes: “devassa de meios informáticos, violação de correspondência e ofensas e injúrias à honra, imagem e prestígio da pessoa coletiva Sport Lisboa e Benfica, Futebol SAD”.

A SAD do Benfica “reforça o seu apelo a uma rápida e urgente investigação para defesa do seu bom-nome, responsabilização de quem sistematicamente tem cometido diversos crimes e no sentido da normalização institucional do futebol português”.