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Revista: Portugal e o mundo desde Setembro de 2014

Portugal e o mundo têm dado voltas. Esta revista do ano vai, assim, permitir relembrar aquilo que de mais relevante se tem passado no nosso país e não só.

Em Setembro de 2014, Maria de Lurdes Rodrigues, ex-ministra da Educação, foi condenada a três anos e seis meses de prisão com pena suspensa, por prevaricação de titular de cargo político.

O dia 5 de outubro ficou marcado em Portugal, pois foi a primeira vez que se celebrou a implantação da República desde que a Troika abandonou o país. Foi também neste dia que se realizou a primeira cerimónia oficial de António Costa, depois de ter vencido as primárias no PS.

O mês de Novembro destacou-se pelos prémios atribuídos no âmbito cultural. O cante alentejano – canto coletivo, sem instrumentos, e que junta música e poesia – foi classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A escritora Lídia Jorge foi também distinguida com o Prémio Luso-Espanhol de Arte Cultura 2014, pelo Ministério da Cultura de Espanha e pela Secretaria de Estado da Cultura de Portugal.

O ano terminou em grande com a inauguração da estátua de Cristiano Ronaldo, na Praça do Mar, no Funchal. A estátua foi esculpida em bronze, pelo artista madeirense Ricardo Veloza, com o propósito de homenagear o melhor jogador do mundo.

O início de 2015 ficou marcado pelas palavras “Je suis Charlie”. A 7 de Janeiro, o jornal satírico Charlie Hebdo foi alvo de um atentado terrorista. Deste ataque resultaram 12 mortos, dos quais alguns faziam parte da equipa do jornal. Este acontecimento não passou despercebido e deixou o mundo em total solidariedade para com as vítimas e familiares. Por toda a parte se fizeram manifestações como forma de lutar pela liberdade de expressão e as redes sociais encheram-se de “Je suis Charlie”.

Em Abril, Portugal perdeu Manoel de Oliveira, o mais antigo realizador do mundo ainda em atividade. Com 90 anos de carreira, faleceu no Porto, aos 106 anos, mas a notícia correu mundo. Na memória ficam algumas das suas frases, como “tenho a fertilidade das árvores que sabem que vão morrer. Não estou cansado, só me canso quando não trabalho.”

Este mês foi também assinalado pelo naufrágio no mar Mediterrâneo, onde morreram mais de 700 pessoas. Joseph Muscat, primeiro-ministro de Malta, utilizou a expressão “genocídio” para descrever a escala do desastre humanitário, ao largo da costa da Líbia; e o Papa Francisco dirigiu-se ao mundo, dizendo: “Faço um apelo à comunidade internacional para agir de forma decisiva e rápida, para evitar que tragédias como esta ocorram novamente.”

O mês de Maio foi agitado na Transportadora Aérea Portuguesa (TAP): os pilotos fizeram greve durante 10 dias. Esta paralisação foi descrita por muitos como “irresponsável” e “radical”, devido aos prejuízos que causou em termos monetários.

Um ano que será relembrado pelos melhores e piores motivos, um ano inesquecível pelas melhores e piores razões. Desde a luta pela liberdade, passando pela atribuição de prémios, ao naufrágio no Mediterrâneo e às greves da TAP, aqui ficam os factos.

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