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SMS da discórdia

Paulo Portas enviou o seu pedido de demissão a Passos Coelho através de uma mensagem escrita enviada por telemóvel. António Costa enviou uma SMS a um membro da direcção do Expresso em resposta a um artigo de opinião.

A revelação feita pela biografia autorizada pelo primeiro-ministro provocou mais um abanão nas relações entre a coligação e a mensagem de demissão irrevogável foi prontamente desmentida pelo CDS, apesar do partido de Portas considerar este um “não assunto”. Ainda sobre este livro se veio a conhecer mais uma polémica: Dias Loureiro é sócio da Alêtheia, a editora que publicou o livro. As relações de Passos Coelho com o ex-líder da Sociedade Lusa de Negócios, que detinha o BPN, foram criticadas pela oposição no debate quinzenal desta terça-feira.

Também a SMS enviado pelo líder do Partido Socialista a um jornalista do Expresso, a propósito de um artigo de opinião publicado naquele jornal, deixou os partidos da maioria a criticarem esta intromissão do principal líder da oposição nos media. Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, questionou a bancada socialista no debate de terça: “António Costa tem a anuência do PS para intimidar jornalistas que escrevem coisas de que não gosta?”. A pergunta ficou sem resposta.

Certo é que o recurso às mensagens escritas está a ganhar terreno à comunicação “cara-a-cara”; já o era na sociedade em geral desde a última década e agora chegou ao terreno da política, onde um político já se pode demitir sem dar a cara às suas responsabilidades.

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