Cinema e Televisão

The Hills Have Eyes (1977)

O filme sobre o qual decidi escrever este mês é a prova de que mesmo com pouco orçamento se conseguem fazer grandes filmes de terror, daqueles que agarram o espetador ao ecrã do início ao fim, que o fazem questionar-se sobre tudo o que lhe é apresentado, que o levam a gritar de medo e a torcer para que os seus personagens favoritos sobrevivam até ao fim do filme. E tudo isto sem ter de recorrer a excessos de efeitos visuais ou a cenas excessivamente explícitas.

Assim, The Hills Have Eyes (ou As Colinas têm Olhos, em português) é o segundo filme do famoso realizador e mestre do horror, Wes Craven. Reza a lenda que este filme apenas surgiu porque Wes Craven tinha atingido um ocaso na carreira. Depois de se ter tentado lançar noutro género de filmes após o lançamento do seu primeiro, Last House on the Left (1972), sem qualquer sucesso, o realizador decidiu voltar aos filmes de terror e quando o fez rapidamente reencontrou o sucesso. A partir desse momento foi cimentando a sua posição como mestre do horror e deu-nos filmes como Pesadelo em Elm Street, e a sua icónica personadem Freddy Krueger, ou a saga Scream (Gritos).

Quanto ao filme sobre o qual escrevo este mês, The Hills Have Eyes, é o típico caso daqueles filmes cujos primeiros cinco minutos nos levam a pensar em mudar de canal, mas que passado algum tempo nos têm agarrados ao ecrã sem prestar atenção a mais nada a não ser a trama que se vai desenrolando.

A história começa quando uma família a caminho da Califórnia para num posto de gasolina isolado para abastecer e descansar. A família constituída por Bob (Russ Grieve), a sua esposa Ethel (Virginia Vincent), o filho Bobby (Robert Houston), as filhas Brenda (Susan Lanier) e Lynn (Dee Wallace) e ainda o genro e marido de Lynn, Doug (Martin Speer) e a filha destes dois, Katy decide ir visitar uma mina de prata abandonada, apesar dos constantes avisos da parte do dono do posto de combustível para que não o fizessem.

É a caminho dessa mina que a viagem desta família começa a correr mal, quando o patriarca Bob acaba por entrar num atalho que o leva a atravessar uma zona de testes nucleares e se assusta com o som dos aviões que sobrevoam a área e acaba por se despistar, inutilizando o carro da família e deixando-os presos no meio do nada sem terem mais nada a não ser a caravana que transportavam.

Com a família encalhada no meio do nada, Bob e Doug decidem ir procurar ajuda, no entanto o que eles encontram é um autêntico pesadelo. Bob é capturado por um membro louco e sádico de uma família de canibais que vive perto do local.

Já Doug consegue voltar à caravana, mas sem qualquer ajuda. Com o cair da noite o terror aumenta, com a família a ser atacada por um grupo de criminosos canibais. Absolutamente presos pelos assassinos, eles têm que lutar para sobreviver.

Ao longo do filme somos envoltos num enorme suspense para saber se a pacata família que apenas queria ir para a Califórnia consegue sobreviver ao grupo de canibais com a qual tem de se bater pela sobrevivência.

Este é assim um filme cujo visionamento aconselho vivamente, principalmente porque é bastante fácil encontrá-lo uma vez que vai podendo ser visto no YouTube na versão original em Inglês.