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365 dias de guerra

Foi na madrugada de 24 de fevereiro de 2022 que as tropas russas, que se acumulavam há vários meses junto á fronteira da Ucrânia, tentaram tomar à força o que o presidente Vladimir Putin considera ser parte da Rússia. Foi então, desde esse dia, que uma ameaça se tornou realidade, dando origem a uma guerra que já fez milhões de refugiados e dezenas de milhares de mortos. 

O Alto Comissariado para os Direitos Humanos (OHCHR) anunciou no último dia 21 de fevereiro que o número de mortes de civis ultrapassou a barreira dos 8000 e o número de civis feridos é de 13287. O alto-comissário da ONU para os Diretos Humanos, Volker Türk, adiantou ainda no mesmo comunicado que os dados “são apenas a ponta do iceberg numa guerra cujo custo para os civis é insuportável”. 

A ONU publicou ainda um relatório anual no qual destaca que pelo menos 487 dos civis mortos e 954 dos feridos eram crianças. 

É também sabido que as regiões de Donetsk, com 3800 mortos e 6600 feridos, e Kharkiv, com 924 mortos e 2000 feridos, são as mais afetadas.

O primeiro mês de guerra foi o que provocou mais vítimas civis, tendo esta quantidade vindo a diminuir progressivamente. O relatório destaca ainda que 90% das mortes e ferimentos de civis foram causadas por armas explosivas de alto impacto, como mísseis, principalmente em ataques a áreas povoadas. 

Ao longo deste ano de guerra, são vários os eventos que ficaram marcados pela sua brutalidade e pelo choque que causaram em todos. Foi no princípio de abril de 2022 que o mundo ficou a saber os crimes de guerra ocorridos na cidade de Bucha, na Ucrânia. Durante o mês de março do mesmo ano, a cidade dos arredores de Kiev foi invadida por forças russas e o rasto deixado pelo invasor deixou a comunidade internacional horrorizada. Algumas imagens partilhadas na altura mostraram o horror que os habitantes tiveram de enfrentar, sendo que muitos deles foram torturados e executados.

Depois de Bucha, seguiram-se Borodyanka, Irpin e Izium. Em setembro, as forças ucranianas conseguiram expulsar o invasor de Kharkiv e de Izium e voltaram a encontrar indícios de crimes de guerra, com centenas de pessoas mortas nas ruas e com sinais de tortura. 

O sofrimento das vítimas nestas cidades é apenas um pequeno exemplo daquilo que as pessoas têm vindo a sofrer por uma guerra que nunca desejaram. 

Discurso de Putin 
Na passada terça-feira, 21 de fevereiro, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a suspensão da participação do país no mais recente tratado de controle de armas nucleares assinado com os Estados Unidos, o New START, assinado originalmente em 2010 e prorrogado por cinco anos em 2021.

 Fonte: Euronews

Após este anúncio, Jens Stoltenberg, Secretário-Geral da NATO, fez um apelo para que Putin reconsiderasse a decisão de suspender o tratado. 

Ainda neste discurso transmitido ao vivo, Putin fez questão de reforçar diversas vezes que o Ocidente era o responsável pela guerra na Ucrânia. 

Portugal aderiu à “jornada mundial de apoio à Ucrânia”

Nesta sexta-feira, dia 24 de fevereiro, cerca de 15000 pessoas saíram à rua em 11 cidades portuguesas para pedir a manutenção do apoio de Portugal à Ucrânia face à invasão russa.

Fonte: Observador

Portugal aderiu à “jornada mundial de apoio à Ucrânia”, respeitando, às 18h24, um minuto de silêncio pelos milhares de vítimas, muitas das quais crianças, mulheres e idosos indefesos. 

Fonte da capa: Getty Images

Artigo revisto por João Nuno Sousa

AUTORIA

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A Beatriz nasceu e cresceu no Algarve e talvez por isso tenha um grande carinho pelo mar. Ingressou em Relações Públicas e Comunicação Empresarial na Escola Superior de Comunicação Social e sempre teve um grande gosto pela escrita e pelo benefício de levar informação a todos. Procura, juntamente com a ESCS Magazine, ter oportunidade de fazer algo que gosta e partilhar informação ao mesmo tempo.