Amesterdão vai proibir consumo de cannabis nas ruas já este ano
Medida visa combater as consequências do turismo de massas.
Amesterdão anunciou, no início do mês de fevereiro, que o consumo de cannabis em espaços públicos passará a ser proibido. Esta medida integra um plano que pretende combater os efeitos negativos do turismo de massas na capital e, de acordo com o que foi avançado pela Agência Europe Press, deverá entrar em vigor em meados de maio deste ano.
As críticas de quem reside no centro histórico da cidade levaram a Autarquia a tomar medidas, procurando melhorar a qualidade de vida dos moradores, que, segundo a imprensa local, se queixam há alguns anos do barulho e da sujidade.
“Os moradores do centro histórico sofrem muito com o turismo de massa e o abuso de álcool e drogas nas ruas”, afirmou a Câmara de Amesterdão.
É de salientar ainda que as medidas procuram dar resposta ao aumento da criminalidade que se tem feito sentir na cidade, sobretudo no Red Light District, bairro de Amesterdão famoso pelos seus bordéus. Aliado às políticas tolerantes do país face às drogas, o local é um autêntico íman do turismo de massas. Tornou-se, então, necessário combater o excesso de álcool e drogas, bem como os comportamentos de risco associados. Os novos regulamentos para o conhecido bairro incluem a limitação do trânsito num único sentido e ainda a possibilidade de encerrar as ruas durante os períodos de atividade máxima.
As autoridades alertam: “Se o incómodo não diminuir o suficiente, vamos investigar se podemos proibir o fumo nas esplanadas dos coffee-shops.”
É de relembrar que nos Países Baixos a venda de cannabis em cafés que respeitem as condições legais estabelecidas é autorizada.
Fonte da capa: Erik Lattwein/Alamy
Artigo revisto por Carolina Rodrigues
AUTORIA
Quando era pequena - entre a fase em que quis ser médica e aquela em que quis trabalhar numa pizzaria - Beatriz (ou Bea, como prefere) gostava de inventar histórias. Escrevia livros para oferecer à família no Natal e chegou até a criar uma revista quinzenal com as suas amigas aos dez anos, que toda a turma lia durante as horas mortas das aulas de matemática. Tomando consciência no nono ano de que queria ser jornalista, o destino encarregou-se de a trazer até à ESCS.