Música, Sem Categoria

E as bestas dormiram bem nessa noite

Foi um Coliseu dos Recreios de bilhetes esgotados que recebeu, pela 14ª vez em Portugal, os norte-americanos The National para apresentarem Sleep Well Beast

 

Às 20h50 – 20 minutos depois da banda de abertura, Buke And Gase, começar – a fila para entrar no Coliseu dos Recreios ainda era grande, o que confirmava o espetáculo “esgotadíssimo” que os The National haviam de começar dali a 45 minutos, mais coisa menos coisa.

 

Enquanto a multidão impaciente esperava, no ecrã gigante podia-se ver os instrumentos a serem preparados. A porta dos bastidores, por onde o vocalista Matt Berninger e companhia iriam sair, e a imagem que serviu de capa para “Sleep Well Beast”, o 7º álbum da banda, também passavam pelo ecrã.

 

Pouco passava das 21h30 quando as luzes do Coliseu baixaram e se observou um “Please Stand By…” no ecrã gigante. Estava a chegar o momento pelo qual todos esperavam. E nestes todos via-se gente de todas as idades, dos fãs desde o primeiro álbum, aos fãs mais recentes. Todos em comunhão para verem ser tocadas as suas músicas preferidas.

 

“Karen”, de Alligator, abriu as hostes numa setlist irrepreensível que passou por grande parte dos álbuns da banda, com destaque óbvio para as músicas do novo álbum. “Afraid of Everyone” mostrou pela primeira vez o coro de vozes afinadas que enchiam o coliseu, logo seguida de “Bloodbuzz Ohio”. A passagem por Boxer, uma das obras-primas da banda, começou com “Guest Room” (que não era tocada desde 2014) e terminou com “Fake Empire”. Destaque para “About Today“, do EP Cherry Tree, que “terminou” o concerto.

 

No encore, destaca-se ”Mr. November”, na qual Matt volta a percorrer a plateia do Coliseu dos Recreios pela segunda vez (a primeira havia sido em “Day I Die”), e “Terrible Love”.

 

Se mesmo no fim do concerto havia dúvidas acerca do amor que Portugal tem pelos The National, essas foram dissipadas com “Vanderlyle Crybaby Geeks” ‘a capella’, com todos os presentes a puxarem pelas vozes para a última música.

 

Durante o concerto, o vocalista disse que tinham tido vários seguranças a protegê-los e que não percebia isso porque não era necessário. Claro que não! Com fãs destes, quem precisa de seguranças?

AUTORIA

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Estudante de Audiovisual e Multimédia, amante de rádio e viciado em Coca-Cola. Escreve ocasionalmente para aliviar o stress. Só experimentou a ESCS Magazine no 2° ano, mas escreveu, gostou e ficou por cá.