Fogos na Califórnia já mataram 25 pessoas
O incêndio de grandes dimensões, que deflagrou na passada quinta-feira, está a devastar várias regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos. O último balanço oficial aponta para 25 mortos e milhares de habitações ardidas.
Dos 25 mortos confirmados, 23 foram descobertos em Paradise, onde já arderam mais de seis mil habitações. A localidade foi completamente destruída. Esta vila arborizada situa-se a pouco mais de 300km a norte de São Francisco e tem uma população com média de idades de 50 anos. A grande preocupação das autoridades foi retirar as pessoas idosas para locais seguros.
Estima-se que o incêndio esteja a consumir quase 324 mil metros quadrados de área florestal por minuto, segundo o Departamento de Florestação e Proteção Contra Incêndios da Califórnia. Este já é considerado o incêndio mais destrutivo da história da Califórnia e o terceiro mais mortal de sempre, ultrapassando já o número de mortos no incêndio de grandes dimensões de 2017 em Santa Rosa.
A rápida propagação das chamas deve-se aos ventos fortes, à baixa humidade no ar e à vegetação seca. Teme-se que ainda possam surgir mais focos de incêndio, numa altura em que ainda se conhecem três frentes ativas: Camp Fire (perto da Floresta Nacional de Plumas), Hill Fire (junto a Camarillo) e Woolsey Fire (junto do Parque do Rancho de Sage).
Donald Trump, que está atualmente em França para as comemorações dos 100 anos do final da I Guerra Mundial, começou por culpabilizar as autoridades californianas por má gestão dos fundos que são atribuídos à região e diz que não havia motivos para estes “massivos, onerosos e mortais” incêndios.
Em nova publicação na rede social Twitter, o Presidente dos Estados Unidos demonstrou a sua solidariedade para com as vítimas. “Os nossos corações estão com aqueles que combatem os fogos (…) e com as famílias” dos mortos, escreveu.
Os últimos anos têm sido catastróficos para a Califórnia em matéria de incêndios. De acordo com os registos oficiais, quatro dos cinco incêndios mais destrutivos da história ocorreram nos últimos seis anos.
Artigo revisto por Gonçalo Taborda