Dia do Euromelanoma: há rastreios gratuitos em todo o país
Os objetivos da celebração do Dia do Euromelanoma, este ano, em Portugal, passam por alertar a população para os perigos da exposição solar excessiva e os malefícios que o sol pode causar na pele.
Esta quarta-feira, mais de 40 serviços de dermatologia portugueses disponibilizam rastreios de cancro de pele gratuitos a mais de duas mil pessoas, uma vez que se celebra o Dia do Euromelanoma.
Estes rastreios, segundo a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), dirigem-se a pessoas que correm maior risco de virem a ter cancro de pele, sobretudo as de pele clara ou propensa a queimaduras, adultos que sofreram “escaldões” na infância ou adolescência, pessoas que passam demasiado tempo ao sol, que frequentam solários, que têm mais de 50 sinais na pele ou com antecedentes pessoais ou familiares de cancro da pele e que tenham sido alvo de transplantes de órgãos. Os rastreios são desenvolvidos no âmbito da campanha do Dia do Euromelanoma, que se estende este ano aos Estados Unidos da América, América do Sul e Ásia.
Simultaneamente, serão distribuídos cartazes por todos os concelhos do país que alertam para a importância da prevenção e do autoexame, explicando às pessoas como procurar e identificar sinais suspeitos.
O cancro da pele é o mais comum do mundo. É, geralmente, causado pela exposição excessiva aos raios ultravioleta. Em Portugal, surgem 12 mil casos novos por ano, dos quais mil são melanomas que provocam 250 mortes.
A APCC alerta para a necessidade de as pessoas se protegerem contra o sol, não só na praia, mas em todas as atividades ao ar livre, recordando que os resultados do rastreio de 2018 indicam que 70% das pessoas usavam sempre protetor na praia, mas apenas 28% usavam em todas as atividades ao ar livre.
No Dia do Euromelanoma de 2018, foram rastreadas 1602 pessoas em 45 serviços de dermatologia (77% públicos e 23% privados), nas quais foi possível detetar 133 casos de queratoses actinicas, 55 carcinomas basocelulares, 24 melanomas e 17 carcinomas espinocelulares.
Como medida preventiva, a APCC defende o encerramento definitivo, embora programado, dos solários, sublinhando que está provado que as pessoas que os frequentam têm um risco acrescentado de cancro de pele.
“De uma vez por todas, as pessoas têm de interiorizar que os solários são indutores dos cancros de pele. Este ano surgiram mais estudos internacionais, alguns em que Portugal participou, que demonstram a relação entre a exposição prévia a solários e o aumento de risco de todos os cancros de pele”, afirma o presidente da APCC, Osvaldo Correia.
“Peçam para fazer fotografias. Hoje o telemóvel deve ser uma ferramenta de vigilância de autoexame da família, fazendo imagens do tronco, à frente, a trás, dos lados e comparem de dois em dois meses”, acrescentou ainda Osvaldo Correia, sublinhando que os adultos, e particularmente os homens, devem prestar especial atenção às costas.
Fonte “thumbnail”: Pedro Correia/ Global Imagens
Revisto por: Ana Patinho