EHF Euro 2022: o que esperar do torneio e de Portugal
O Campeonato Europeu de Andebol realiza-se entre os dias 13 e 30 de janeiro deste ano e é sediado na Hungria e Eslováquia. A atual bicampeã europeia, Espanha, procura revalidar o seu título.
Foi na última quinta-feira que se iniciou o EHF Euro 2022, um dos mais prestigiados torneios do andebol mundial. A competição, que engloba grande parte das melhores seleções do mundo, conta com 24 equipas e está organizada em três fases.
Inicia-se com a ronda preliminar, na qual as equipas estão divididas em seis grupos compostos por quatro seleções. Os grupos desta edição são:
- Grupo A – Eslovênia, Dinamarca, Macedónia do Norte e Montenegro;
- Grupo B – Portugal, Hungria, Islândia e Países Baixos;
- Grupo C – Croácia, Sérvia, França e Ucrânia;
- Grupo D – Alemanha, Áustria, Bielorrússia e Polónia;
- Grupo E – Espanha, Suécia, República Checa e Bósnia-Herzegovina;
- Grupo F – Noruega, Rússia, Eslováquia e Lituânia.
Os dois primeiros colocados de cada grupo avançam para a main round da competição, fase em que as 12 equipas qualificadas são organizadas em dois grupos compostos por seis seleções. Os dois melhores de cada grupo seguem para as meias-finais e, por conseguinte, encontram-se os dois finalistas da competição.
As equipas que chegarem à final vão fazer de tudo para que Espanha não seja campeã novamente, visto que venceu, de forma consecutiva, as últimas duas edições do evento, em 2018 e 2020.
Eslováquia e Hungria recebem, assim, um campeonato europeu, no qual muitas equipas podem ambicionar o tão sonhado título de ser melhor equipa da Europa. Entre estas equipas estão, claramente: França, que, em agosto de 2021, conquistou o ouro olímpico ao vencer a Dinamarca; e Espanha, que volta ao torneio com o objetivo de ser tricampeã.
Contudo, a Dinamarca, com a superestrela Mikkel Hansen, jogará com o status de principal candidata ao título. Atual campeã do Mundo e vice-campeã dos jogos olímpicos – nenhuma seleção chega ao Euro com mais expetativas do que a Dinamarca. No entanto, também há outras seleções que não devem ser subestimadas, tais como a Noruega e a Suécia.
Portugal, que aparece normalmente na 11.º colocação nas casas de aposta, está longe de ser considerado favorito ao título. Todavia, no Grupo B, que apresenta um grande equilíbrio (com Hungria, Islândia e Países Baixos), tudo é possível para os Heróis do Mar: quer a qualificação, quer a última colocação do grupo. Após uma ótima campanha no campeonato mundial e uma classificação inédita nos jogos olímpicos de Tóquio, mesmo estando colocados num grupo de relativa dificuldade, com França e Croácia, os portugueses têm-se mostrado capazes de figurar nos grandes palcos e de alcançar grandes feitos.
Contudo, nos Jogos Olímpicos, o desempenho da equipa nacional ficou aquém das expetativas, ao serem eliminados num grupo onde tinham plenas capacidades de superar o Japão (para quem perderam o jogo decisivo) e o Barém (que acabou por alcançar a fase seguinte).
Assim, prever o que se aguarda para a seleção nacional torna-se complicado. Apesar disto, com base nos resultados mais recentes, pode-se dizer que a Hungria, equipa da casa, é considerada a favorita para vencer o grupo, enquanto Portugal e Islândia irão disputar a segunda vaga – sem deixar de lado os Países Baixos que, apesar de serem a equipa supostamente mais fraca, não podem ser ignorados.
Portugal chega às terras húngaras e eslovacas para disputar o Campeonato da Europa de 2022 com a ambição de repetir ou superar a sua campanha na edição anterior, de 2020, na qual alcançou a sexta colocação.
Fonte da capa: European Handball Federation
Artigo revisto por Beatriz Merêncio
AUTORIA
Incapaz de ficar parado por muito tempo, o Lucas sempre teve o desporto como parte fundamental da sua vida. Desde que viu pela primeira vez as emoções, adrenalinas, alegrias e, por vezes, tristezas que só o desporto é capaz de proporcionar, soube que era isto que queria para si. Quer seja a praticar, falar ou, neste caso, a escrever, o Lucas e o desporto são inseparáveis desde sempre.