Invencibilidade
A seleção portuguesa, dirigida por Roberto Martínez, já garantiu o apuramento para a fase final do Euro 2024, que vai ter como anfitriã a Alemanha. Portugal, com apenas oito jogos na fase de qualificação, tornou-se no vencedor do grupo J. Se a seleção das quinas vencer os dois jogos em falta, acabará com dez vitórias, ou seja, invencível. Os adversários serão o Liechtenstein no dia 16 de novembro (fora) e a Islândia no dia 19 de novembro, sendo este jogo no estádio José Alvalade.
Apesar desta campanha sublime, só com vitórias até ao momento e com 32 golos marcados contra apenas dois sofridos, ainda são visíveis as críticas ao selecionador espanhol. O técnico da seleção portuguesa tem sido acusado de colocar sempre os mesmos jogadores em campo e de as suas convocatórias serem um espaço para os jogadores agenciados pelo experiente Jorge Mendes. Tanto comentadores, como adeptos, têm feito estes reparos a Roberto Martínez- até se tem dito já que é o Fernando Santos espanhol. Será justo esta desconfiança no treinador oriundo do país vizinho? Na minha opinião, apesar de não ter defendido a sua contratação, acho que não se justifica toda a desconfiança.
É errado comparar Fernando Santos a Roberto Martínez. Até ao dia de hoje, apenas o selecionador português conseguiu conquistar troféus ao leme de Portugal. Mas, por outro lado, não me lembro de uma fase de qualificação para as principais competições de países tão tranquila e isenta de dúvidas, muito pelo contrário à época do selecionador português. Houve apuramentos feitos nos play-offs, como para o mundial no Qatar, onde Portugal se apurou, mas sem convencer. Em jogos oficiais, a equipa portuguesa com a liderança do técnico espanhol venceu todas as partidas disputadas. É válido dizer que Portugal já encontrou pela frente grupos que não eram nem melhores, nem piores, mas sim mais desafiantes. Contudo, não é motivo para se tirar o mérito a quem o tem. Até porque sabemos que é bastante fácil perder-se o foco e andar a dar abébias em alguns jogos. Mas com Martínez a seleção manteve-se sempre competente e até produziu, por vezes, um melhor futebol. Com isto não digo que a escolha feita pela Federação Portuguesa de Futebol e o seu respetivo presidente, Fernando Gomes, tenha sido correta ou errada. Digo sim, que, por agora, não há motivos para toda esta descrença na capacidade e qualidade do nosso treinador. É fácil dizer que devia convocar este ou aquele, mas a verdade é que Portugal tem um leque de jogadores de enorme qualidade, e nem sempre é fácil escolher quem convocar. Todos nós faríamos convocatórias diferentes uns dos outros, por isso é normal que os jogadores escolhidos para representar a nossa seleção, nem sempre agradem a gregos e troianos. Todos nós merecemos oportunidades; daremos então espaço para o nosso treinador fazer o seu trabalho que tem sido irrepreensível. É importante perceber que as seleções têm sempre pouco tempo de trabalho e de preparação para as grandes provas. Por esse mesmo motivo, é crucial ser construída já uma base na equipa, com o olhar direcionado para a próxima competição, que, neste caso, é o Euro 2024 – torneio este que todos os portugueses ambicionam ganhar.
Fonte da capa: Mercado do Futebol
Artigo revisto por Madalena Ribeiro
AUTORIA
Era uma vez um jovem de 18 anos que, agora, estuda na Escola Superior de Comunicação Social no Instituto Politécnico de Lisboa. Ele sempre foi uma criança cheia de sonhos, dos quais nunca desistiu. Ele ama desporto, principalmente futebol por isso escolheu jornalismo com o intuito de um dia se tornar jornalista desportivo. Isto tudo o levou a entrar para a ESCS Magazine na secção de desporto