A 66.ª edição dos GRAMMYs e as grandes vencedoras da noite
A noite de 4 de fevereiro celebrou as mulheres que dominaram o cenário da música no ano de 2023. Esta foi a sétima vez na História em que as quatro categorias principais foram conquistadas apenas por artistas femininas.
A cerimónia de prémios mais prestigiada do mundo da música começou em grande com a atuação de Dua Lipa, que apresentou o êxito Houdini e o seu próximo lançamento, Training Season. Foram várias as atuações marcantes desta noite, entre elas SZA, Miley Cyrus, Billie Eilish e Stevie Wonder, mas foi a atuação de Joni Mitchell que roubou a atenção dos espetadores.
A cantora apresentou-se ao vivo pela primeira vez na cerimónia de entrega de prémios, com o clássico Both Sides Now.Logo nos momentos iniciais da premiação, Taylor Swift subiu ao palco para agradecer o prémio de Melhor Álbum Vocal Pop, que distinguiu o seu mais recente álbum, Midnights. Sendo este o seu 13.º prémio (o número da sorte de Swift), a artista agradeceu aos fãs de forma especial: “Quero agradecer aos fãs e contar-vos um segredo que tenho escondido nos últimos dois anos: o meu novo álbum será lançado no dia 19 de abril, chama-se The Tortured Poets Department”.
Phoebe Bridgers foi a mais galardoada da noite e recebeu quatro dos sete prémios a que se encontrava nomeada, tanto em nome próprio como com a banda Boygenius. SZA recebeu os troféus de Melhor Álbum Progressivo de R&B (por SOS), Melhor Música R&B (por Snooze) e Melhor Performance Pop Duo/Grupo (por Ghost in the Machine, com Phoebe Bridgers). Por outro lado, Lana Del Rey, nomeada para cinco troféus, foi para casa sem vencer o primeiro GRAMMY da carreira.
As restantes categorias principais foram, também, entregues a artistas femininas, numa edição em que o empoderamento feminino foi finalmente uma prioridade. What Was I Made For?, música que faz parte da banda sonora do filme Barbie, venceu a categoria de Música do Ano (e Melhor Música Para Mídia Visual). Billie Eilish agradeceu o prémio após a premiação, numa conferência de imprensa: “[Eu e o FINNEAS] andávamos a trabalhar três dias por semana e não conseguíamos escrever. Eu fiquei muito preocupada, nervosa, senti que tinha acabado. Estava num lugar sombrio, é difícil sequer falar sobre isso, mas a Greta ofereceu-nos algo que mudou as nossas vidas […] e escrevemos esta música vinte e quatro horas depois de vermos o filme. Honestamente, permitiu-nos voltar a ser criativos. [A música] foi muito especial e poderosa”.
A Gravação do Ano foi para Flowers de Miley Cyrus, que aproveitou o momento de agradecimento para trazer um momento engraçado à cerimónia. Após agradecer à família, amigos e equipa, a vocalista brincou: “Acho que não me esqueci de ninguém, mas talvez me tenha esquecido de trazer roupa interior. Adeus!”
Jay-Z foi homenageado com o troféu Dr. Dre Impacto Global, destinado a reconhecer os contributos musicais de artistas negros, e aproveitou o momento para trazer a filha Blue Ivy ao palco (que já recebeu um prémio com apenas nove anos de idade) e desabafar sobre o seu descontentamento quanto à Recording Academy: “Eu não quero humilhar esta jovem senhora [Beyoncé], mas ela tem mais GRAMMYs que toda a gente e nunca venceu Álbum do Ano. Portanto, segundo as vossas métricas, isso não funciona. Pensem nisso.”
Já no fim da premiação, Céline Dion apareceu de surpresa para anunciar o prémio mais importante: Álbum do Ano, entregue a Taylor Swift (Midnights). A voz por detrás de My Heart Will Go On sofre com uma condição neurológica autoimune há três meses e recebeu uma ovação de pé por parte do público. Foi com este prémio que Taylor Swift fez história, tornando-se a artista com mais vitórias na categoria (4) e quebrando o seu empate com Paul Simon, Frank Sinatra e Stevie Wonder (3).Sem esquecer os novos talentos, Victoria Monét foi uma das grandes homenageadas da noite. A cantora e compositora destacada como Artista Revelação, venceu também as categorias de Melhor Álbum R&B e Melhor Álbum de Engenharia, Não-Clássico (Jaguar II).
Fonte da capa: NPR
Artigo revisto por Margarida Silva
AUTORIA
Duarte tem 20 anos e foi apenas no fim do primeiro ano no curso de Publicidade e Marketing na ESCS que decidiu que Jornalismo era o seu futuro. Desde sempre que a música foi a sua grande paixão, associando cada uma das memórias mais antigas com uma música diferente. Com um gosto especial por pop e pop alternativo, sonha um dia poder fazer parte da equipa de uma rádio.