Música

Rosie, o diário de Rosé para o mundo 

Depois do sucesso de APT, Rosé lança o seu tão esperado álbum: Rosie

Rosie é o primeiro álbum de estúdio da cantora Rosé, após ter assinado contrato a solo com a The Black Label, e assinala a nova era musical da cantora. O álbum conta com 12 faixas, três singles e uma colaboração com Bruno Mars. 

Rosie é o primeiro álbum de estúdio da cantora Rosé, após ter assinado contrato a solo com a The Black Label, e assinala a nova era musical da cantora. O álbum conta com 12 faixas, três singles e uma colaboração com Bruno Mars. 

O álbum reflete uma faceta de Rosé mais intimista e experimental, não fosse o seu nome a alcunha pela qual os seus amigos e família a chamam.

Fonte: Youtube

A artista expõe, através da sua composição, temas como a toxicidade em relacionamentos, o desgosto do término e o lado mais obscuro da fama. 

Na entrevista com Kelly Clarkson, Rosé caracteriza o processo de composição e produção do álbum como uma forma de perceber e exprimir os seus sentimentos de forma mais clara. Apesar de abordar temas sérios e difíceis de expressar, a composição de Rosie foi enriquecedora e permitiu cicatrizar feridas causadas por acontecimentos pessoais.

As músicas que compõe o disco:

Number one girl, a primeira faixa e um dos singles escolhidos, retrata os pensamentos da artista depois de uma noite dura a ler comentários. Rosé diz que a sua inspiração veio de uma madrugada consumida por insónias em que a única “solução” foi ler o que as pessoas comentavam sobre ela na internet, maioritariamente comentários negativos. Equilibrar a vida pessoal com a vida profissional e ainda cuidar da saúde mental é difícil, existem momentos de fraqueza quando menos esperamos, e Rosé decidiu ser completamente honesta ao transmitir isso ao público.

Number one girl

3am e gameboy retratam aquele sentimento que Taylor Swift já nos tinha apresentado com I knew you were trouble: a antecipação de uma possível red flag. Já faixas como two years e toxic till the end retratam o tempo em que a artista lidou com um relacionamento tóxico a nível emocional.

Stay a little longer demonstra um lado mais vulnerável e introspetivo da artista na sua composição. Rosie narra o sentimento de impotência e dependência que o término causa e a vontade de adiar algo que já está destinado a acontecer.

APT e drinks or coffee são as faixas mais energéticas do álbum. Apesar de serem muito diferentes entre si, até mesmo na composição, são as músicas que mais encorajam o ouvinte a dançar.

Not the same, call it the end e too bad for us destacam-se por serem baladas com aquele toque de guitarra que não podia faltar num álbum de Rosé.

Fonte: NME

Por fim, dance all night encerra o álbum com uma visão ligeiramente mais otimista do estado de espírito da cantora depois de todos os acontecimentos que antecederam.
Em termos visuais, o álbum conta com três videoclipes que correspondem aos singles: APT, number one girl e toxic till the end.

toxic till the end

Este é um projeto claramente sincero, que mostra o lado mais vulnerável da artista e contém versos que permitem que o ouvinte se relacione com o que foi escrito. Rosé mostra o que a golden voice do kpop consegue fazer com a sua voz, demonstrando-o com uma performance incrível, principalmente na faixa stay a little longer (uma das minhas favoritas).

O único “porém” é o facto de o álbum ser muito diferente do primeiro single lançado – APT. Muitos fãs e ouvintes casuais esperavam algo mais energético da artista, que explorasse o género pop-rock característico de Avril Lavigne. Muitos até compararam a canção do apartamento com Girlfriend de Avril e, para mim, uma amante devota das duas músicas, foi desapontante não ter mais. Talvez num futuro próximo, quem sabe.

Até lá, os fãs de Rosé têm mais 12 músicas para desfrutar e é muito provável que a cantora não fique por aqui.

Fonte da Capa: Luna Santos

Artigo revisto por: Inês Gomes

AUTORIA

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A Luna tem 18 anos, nasceu em Lisboa, mas há quem diga que ela vive no mundo da lua.
Sempre com um pé na terra e o pensamento noutro sítio qualquer, a Luna desde sempre que ouviu histórias a serem contadas a si e decidiu que agora seria a vez dela de contar histórias aos outros. Por isso está em jornalismo, para se conectar com o público, transmitir a sua verdade, fazer reportagem e poder falar sobre todos os assuntos que a fazem ficar acordada de madrugada.
A entrada na ESCS Magazine representa um sonho antigo que finalmente foi realizado.