Desporto

Do Domínio à Crise: O Momento Difícil do Manchester City

Pep Guardiola e o Manchester City estão na sua pior fase desde que o espanhol assumiu o comando técnico da equipa. São nove derrotas em 14 jogos, mas esta crise não se baseia apenas em resultados.De lesões a um calendário intenso, o treinador catalão tem passado pelo pior momento da sua carreira. Rodri, Rúben Dias, Stones, Ederson e Matheus Nunes são os nomes que aparecem no boletim clínico. A vida não tem sido, de todo, fácil para Pep.Estes desfalques levam a duras críticas à estrutura “citizen”. Numa das suas conferências, o treinador culpa uma calendarização exagerada, que exige muito dos jogadores e “dá dores de cabeça” ao departamento médico. Em tom de brincadeira, Guardiola sugere ainda que os plantéis deviam ter 50 jogadores para evitar este tipo de situação.

Isto levou a um desequilíbrio não só tático como emocional. Falemos da ausência do vencedor da Bola de Ouro 2024, Rodri. Guardiola sabia que a lesão prolongada do médio obrigava a mudanças táticas. Este recorreu a Kovačić que, apesar de não ter as mesmas características, apresentou um alto nível de rendimento até à sua lesão. Com a falta de opções, alguns jogadores foram adaptados a outras posições, é o caso de İlkay Gündoğan e Jack Grealish, mas nenhuma destas “soluções” consegue criar em espaços mais recuados do campo, o que fez com que Haaland deixasse de ser servido com tanta frequência, explicando assim a falta de golos por parte do norueguês.

Fonte: Manchester City

Isto levou a um desequilíbrio não só tático como emocional. Falemos da ausência do vencedor da Bola de Ouro 2024, Rodri. Guardiola sabia que a lesão prolongada do médio obrigava a mudanças táticas. Este recorreu a Kovačić que, apesar de não ter as mesmas características, apresentou um alto nível de rendimento até à sua lesão. Com a falta de opções, alguns jogadores foram adaptados a outras posições, é o caso de İlkay Gündoğan e Jack Grealish, mas nenhuma destas “soluções” consegue criar em espaços mais recuados do campo, o que fez com que Haaland deixasse de ser servido com tanta frequência, explicando assim a falta de golos por parte do norueguês.

No campo do desequilíbrio emocional, falamos de Guardiola. O treinador, de 53 anos, tem passado por problemas fora das quatro linhas – Já conta com alguns episódios, no mínimo caricatos, nestes últimos tempos. Tudo começou com uma atitude agressiva na rua contra um adepto que o insultou. Depois, pontapeou o banco de suplentes contra o Arsenal quando perdia por 2-1 e, o mais grave destes incidentes, quando apareceu com a cabeça arranhada e um corte no nariz, mostrando sinais de descontrolo total, no empate na Champions League após estar a vencer por três bolas a zero. Percebemos, portanto, que, se o treinador aparece com uma espécie de “automutilação” (expressão usada pelo próprio), o estado psicológico da equipa deve estar igualmente desgastado.

Fonte: TV47 Digital

Além de todos estes problemas, o clube enfrenta ainda um julgamento por parte da Premier League devido ao incumprimento do fair play financeiro durante vários anos. A Liga inglesa, após uma longa investigação, apresentou diversas acusações contra o Manchester City. O clube nega todas as acusações e está a contestá-las judicialmente. Este processo está a ser divulgado na comunicação social, devido às potenciais consequências para o clube e para o futebol inglês.

São várias as possíveis sanções, caso o clube de Manchester seja considerado culpado, e podem ser bastante severas, incluindo a dedução de pontos na classificação do campeonato, o que poderia afetar o apuramento para competições europeias. Em casos extremos, fala-se até na possibilidade de despromoção do clube para uma divisão inferior.

O julgamento está a decorrer num tribunal independente e a decisão final terá um impacto significativo no futuro do clube e poderá também influenciar a forma como o fair play financeiro é aplicado no futebol inglês e noutras ligas.

Fonte da Capa: Manchester City

Artgio revisto por Beatriz Mendonça

AUTORIA

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Diogo Rodrigues, nascido e criado em terras ribatejanas, chega à ESCS para ingressar no curso de Jornalismo.
Apesar de ter nascido com uma bola nos pés, que o acompanha até hoje, a música sempre teve um lugar especial no seu coração!
Com a entrada na ESCS Magazine espera aprender e desfrutar ao máximo desta experiência.