A complicação de conciliar os estudos e a vida académica – 5 dicas.
Como estudantes, e principalmente na ESCS, vivemos na ânsia do estudo, das entregas, do trabalho árduo e contínuo, da disciplina e do rigor. Fazemos tudo a mil e nada a 100%. Damos tudo de nós e aproveitamos muito pouco. Vemo-nos a ter de fazer escolhas entre o que nos é mais e menos benéfico, e muitas vezes não alcançamos as expectativas, tanto individuais como exteriores.
Fonte: Hilab
Com tantas responsabilidades e papéis a cumprir, afogamo-nos na falácia de que estudar e trabalhar é o nosso único dever. Temos ao nosso dispor um leque de experiências e atividades e, no entanto, pensamos que se ousarmos “distrair-nos” estaremos a destruir o nosso futuro. Claro que esta é uma visão extremista sobre o assunto, mas espero que, no fim do artigo, caso tenham uma opinião semelhante, pensem nisto por outro prisma.
Para quem não está habituado a envolver-se em atividades e projetos, ter uma vida académica preenchida pode parecer deveras assustador. Muitas vezes, é difícil sair da zona de conforto e, para não nos “espalharmos ao comprido”, acabamos por jogar pelo seguro. No entanto, ao sairmos dessa bolha, estamos a explorar um mundo novo e a desbloquear sentidos e emoções que nos moldam e preparam para as adversidades futuras, tanto pessoais quanto profissionais.
Fonte: Website da ESCS
Hoje, trago então algumas dicas de como aproveitar a tão famosa vida académica, sem prejudicar o rendimento escolar! Tudo o que partilharei será muito pessoal, mas acho que tem vindo a resultar positivamente! Se aplicarem, poderá ser uma mais valia para o dia a dia.
Começamos pelo foco. Para conseguirmos conciliar de forma positiva a vida académica e os estudos, para além de irmos às aulas, é essencial estarmos focados – apontar o que ouvimos, vemos, e achamos necessário. Deste modo, o trabalho que terá de ser feito em “casa” será muito menor, dando-nos mais tempo para aproveitar. No entanto, e como já foi referido, muitos professores “não explicam bem as matérias” e, por vezes, isso desmotiva-nos imenso. Acabamos por não querer dar algo de nós que sentimos que não será reconhecido pelo outro lado. Posto isso, passamos ao próximo ponto.
A entreajuda. O ensino superior caracteriza-se cada vez mais pelo seu ambiente competitivo, e a entreajuda entre colegas deixa de ser uma realidade. Começa-se a trabalhar muito individualmente, ou com pequenos grupos de amizades próximas, e perde-se a noção de que, se nos ajudarmos uns aos outros, as coisas tornam-se muito mais fáceis. Podemos não entender nada do que um professor diz, mas o colega ao nosso lado, com o qual nem falamos muito, pode estar a perceber tudo. Não devemos ter medo nem vergonha de pedir ajuda. Nos nossos empregos, provavelmente trabalharemos com mais pessoas e, se houver desde início este companheirismo e disposição para ajudar, o rendimento será muito melhor.
As rotinas e o planeamento. Por incrível que pareça, esta é uma das dicas mais complicadas de se pôr em prática. Com a entrada no ensino superior, é difícil manter uma rotina saudável. O grau de exigência é mais puxado e deixamo-nos facilmente levar pelo cansaço e falta de vontade. É então essencial pararmos um pouco, relaxarmos e organizarmos os nossos dias. No que toca à rotina, devemos tentar implantar hábitos diários mais saudáveis, tais como: comer bem, beber água, descansar entre 7 a 8 horas, exercitar, etc. Nos planeamentos, basta usarmos um simples calendário e apontar tudo aquilo que irá acontecer ou que temos de fazer. A organização torna-se então uma das nossas melhores amigas e faz com que o cérebro não esteja sempre a mil.
A gestão de tempo realista. “Pois bem, agora que já estamos focados, já nos ajudamos uns aos outros e somos os mais organizados à face da terra, podemos aventurar-nos em toda a vida académica e o que esta nos traz, certo?” Claro que podes! Então não? Caso queiras entrar em burn-out e fazer tudo à pressa, força. “Mas agora eu sou organizado! Não há esse problema!” Então, lamento informar que, infelizmente, temos de ser realistas de vez em quando. O mundo académico é muito aliciante. Queremos fazer tudo e esquecemo-nos de que não somos super heróis. Temos de gerir bem as nossas prioridades, percebendo o que nos trará mais proveito, de modo a não prejudicar o principal intuito de estarmos onde estamos.
Por fim, parar. Parar é morrer, e não podia estar mais de acordo com esta afirmação. Por outro lado, parar é necessário. “Mas como assim? Estás te a contradizer”. Estudamos, trabalhamos, divertimo-nos, saímos, andamos de um lado para o outro e a nossa casa torna-se apenas um espaço para dormir. A família reclama de já não termos tempo e de não querermos saber deles. Mas tem de ser assim? Parar é das piores coisas que podemos fazer, porque sentimos que estamos a quebrar o ritmo das nossas rotinas e, para voltar à normalidade, torna-se estranho. E se o “parar” for mais uma coisa que nos propomos a fazer? Se é tão difícil parar, então, que seja algo que planeamos conscientemente. Assim, olhamos para o “parar” como um recarregar de energias, aproveitando para passar tempo com aqueles que pouco vemos e de que tanto gostamos.

Fonte: Cegid PHC
Este artigo contém grandes reflexões pessoais e nenhuma página exterior consultada. Provavelmente, as pessoas que leram até aqui não se identificaram com tudo a 100%. Todavia, acredito que grande parte já tenha passado ou passe por pelo menos um destes “problemas”. Portanto, se conseguirem, tentem aplicar e verão que as coisas serão muito mais fáceis. Pode parecer impossível conciliar os estudos e a vida académica, mas, quando queremos que resulte, tudo pode ser possível.
Imagem de destaque: Website do IPL
Artigo revisto por: Beatriz Morgado
AUTORIA
Com poucos anos e muitos sonhos, o Gonçalo acredita que, para alcançar o sucesso académico, é necessário vivê-lo e aproveitá-lo da melhor forma possível. Aos 17 anos, a ESCS surgiu-lhe ao acaso e tornou-se no melhor que lhe poderia ter acontecido. Além de ser apaixonado pelas Relações Públicas e pela Comunicação Empresarial, tem também uma forte paixão e ligação ao café e às viagens low cost. Considera-se um rapaz ativo, ambicioso e confiante e, para ele, escrever sempre foi a forma mais autêntica de se expressar e de partilhar com os outros o que pensa e sente. Ao longo do tempo como membro, passou por vários departamentos, mas apercebeu-se que onde se encaixava melhor era em Mundo Académico, onde conseguiu e consegue articular todos os seus gostos com a riqueza da vida académica, tanto antiga como atual. Como Editor, deseja transmitir o seu amor pelo departamento a todos os membros e leitores!



