Desporto

Adeus, MotoGP? Miguel Oliveira junta-se à BMW no WorldSBK

Após sete temporadas no MotoGP, Miguel Oliveira prepara-se para competir no Mundial de Superbike. O piloto português vai representar a ROKiT BMW Motorrad WorldSBK Team, ao lado de Danilo Petrucci.

Faltam três corridas para o final da temporada de 2025, incluindo o Grande Prémio de Portugal, mas o futuro de Miguel Oliveira já está definido. Depois de sete anos a competir na categoria rainha do motociclismo, o piloto português inicia um novo capítulo na carreira aos comandos da BMW M 1000 R.

A confirmação foi feita pelo próprio piloto e pela equipa nas redes sociais: “Estar envolvido com uma nova equipa, trabalhar ao lado de parceiros fortes e abraçar um novo formato de campeonato dá-me uma grande motivação para continuar a dar sempre o meu melhor”.

Fonte: Instagram do Miguel Oliveira

De Almada para o Mundo

Fonte: MotoSport

Foi em 2011, aos 16 anos, que o piloto da Charneca da Caparica se estreou no Campeonato do Mundo de 125cc. Com a introdução da Moto3, passou a competir nessa categoria até 2015, ano em que se sagrou vice-campeão mundial. Seguiram-se três temporadas no Moto2, onde voltou a conquistar um vice-campeonato, antes da estreia no MotoGP, em 2019.

Fonte: KTM

Até hoje, conquistou 17 vitórias no total de 41 pódios, dos quais cinco vitórias e quatro pódios no MotoGP, ao serviço de equipas como a KTM e a Prima Pramac Yamaha.

Apesar das propostas para correr pela Honda e pela Yamaha, Miguel Oliveira ruma para a ROKiT BMW Motorrad WorldSBK Team, ao lado do italiano Danilo Petrucci, também ele com larga experiência no MotoGP. O diretor da equipa alemã, Sven Blusch, salientou que Miguel Oliveira “pertence ao grupo dos pilotos mais talentosos e versáteis da sua geração” e que “traz experiência valiosa e um elevado nível de profissionalismo” ao projeto. 

MotoGP vs Superbike, o que muda? 

Fonte: Autódromo do Algarve

O WorldSBK é o principal campeonato de motos derivadas de série. Diferente do MotoGP, que utiliza protótipos criados exclusivamente para competição, as motos de Superbike nascem de modelos de estrada, como a Yamaha R1 ou a BMW M 1000 RR, modificadas para atingir um maior desempenho e segurança.

As motos são ligeiramente mais pesadas e menos potentes que as do MotoGP: cerca de 168 kg e 230 a 250 cv contra 157 kg e 270 a 300 cv. As velocidades máximas diferem significativamente (339,5 e 366,1 km/h), embora o recorde por volta varie apenas 0,7 segundos entre as duas categorias.

O calendário é mais curto, com apenas 12 fins de semana, e cada etapa inclui três provas: a corrida de sábado (19 a 22 voltas), a Superpole Race de domingo (10 voltas) e a corrida principal.

O campeonato reúne seis construtores (Ducati, BMW, Yamaha, Bimota, Honda e Kawasaki) e quinze equipas, num total médio de 23 pilotos por grelha. 

Um adeus definitivo? Talvez não…

Fonte: Observador

Não é habitual, mas pode acontecer. Miguel Oliveira assume a possibilidade de ser piloto de testes da Aprilia no MotoGP: “Penso que é uma grande melhoria para mim como piloto ainda ficar em contacto com a moto de GP, penso que isso poderá decididamente ajudar-me a manter a forma para o Mundial Superbike”.

O tema ganhou força após Davide Brivio, diretor da Trackhouse Racing, ter confirmado que o cenário “está em aberto”.

Antes de se juntar à equipa alemã, Miguel Oliveira vai terminar a temporada de 2025 com a Prima Pramac Racing. A estreia oficial na ROKiT BMW Motorrad WorldSBK Team está marcada para o início de 2026, altura em que o #88 passará a brilhar na carenagem da M 1000 RR.

Fonte da capa: Miguel Oliveira
Artigo revisto por: Carolina O. Ferreira

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Com mais de 10 anos de experiência como dançarina e inúmeros projetos pessoais, sente-se uma verdadeira “Barbie com 1001 projetos”. Adora desporto motorizado e sonha conquistar o seu espaço como jornalista desportiva, provando que uma mulher nunca deve duvidar do seu valor.