Antigo Egito: a beleza e o simbolismo da arte egípcia
A arte egípcia, uma das artes mais emblemáticas da História da Humanidade, surgiu há mais de 3000 anos a.C. e sempre esteve profundamente ligada à religiosidade. As estátuas, pinturas, monumentos e construções refletiam a fé em deuses e a busca pela eternidade. O culto à vida após a morte era algo sagrado e essencial no Antigo Egito, que influenciava todos os aspetos da criação artística: a pintura, a escultura e a arquitetura.
Pintura Egípcia – narrativas, cores e lei da frontalidade
Essencialmente simbólica e religiosa, a pintura egípcia, realizada nos túmulos, procurava representar o mundo espiritual e tinha como função assegurar a passagem do morto para a vida eterna e garantir a proteção dos deuses.
Os artistas seguiam regras rígidas de representação definidas pelos faraós: as figuras humanas eram desenhadas de modo convencional, seguindo a Lei da Frontalidade, isto é, o tronco das pessoas deveria ser representado de frente, enquanto a cabeça, pernas e pés deveriam ser representados de perfil. Estas regras tinham como objetivo chegar a uma representação perfeita.
As cores tinham significados simbólicos: o verde representava a fertilidade e a regeneração; o azul o céu, o rio Nilo e o divino; o vermelho a energia e o poder; o amarelo a eternidade; e o preto a vida e o renascimento. As tintas eram obtidas através de pigmentos minerais naturais, o que explica a durabilidade das pinturas encontradas, até hoje, nos túmulos.
Além do carácter religioso, as pinturas também registavam aspetos da vida quotidiana, como a agricultura, a caça, a música e as festas, que refletiam a harmonia entre o homem, a natureza e os deuses.
Fonte: Esculturas
Escultura egípcia – força, poder e culto
A escultura egípcia tinha uma função religiosa e funerária, servia para representar divindades, faraós e personagens importantes com o objetivo de preservar a sua presença no além. As estátuas eram concebidas de forma idealizada e simétrica, transmitiam a ideia de serenidade, força e eternidade. O corpo humano era retratado de modo rígido, com uma postura frontal e com uma expressão serena, sempre com o objetivo de representar o poder e a grandiosidade das figuras.
Fonte: Esculturas
Arquitetura egípcia – grandiosidade e detalhe
A arquitetura egípcia destacou-se pela sua grandiosidade e durabilidade. Os egípcios acreditavam que as edificações deveriam refletir a eternidade e a ordem do universo, e, por isso, utilizavam pedras como granito e calcário, materiais resistentes à passagem do tempo, realizando-as sempre em grandes dimensões. As pirâmides, construídas para eternizar os faraós após a morte, são os exemplos mais emblemáticos dessa arte monumental que simbolizava a ligação entre a terra e o divino. Os templos, erguidos em honra aos deuses, funcionavam como locais de culto, decorados com colunas gigantescas e com a escrita hieroglífica (símbolos). O equilíbrio, a simetria e o sentido de permanência são características que definem a arquitetura egípcia, tornando-a uma das expressões mais marcantes e duradouras da antiguidade.
Fonte: Postposmo
Fonte da capa: História do Mundo
Artigo revisto por Constança Paixão
AUTORIA
Natural de Lisboa, a Matilde entrou este ano no curso de Audiovisual e Multimédia. Apaixonada por música desde sempre, encontrou no canto e na guitarra uma forma de expressão única. A música é, para ela, mais do que uma arte, é parte essencial de quem é. Para além da música, tem um grande interesse por áreas como a filosofia, a história e a arte, que alimentam a sua curiosidade e visão do mundo. Gosta de escrever e acredita que a escrita é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento pessoal.





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