Artes Visuais e Performativas

A dança como forma de terapia

O mundo da dança é muito complexo e, para além de ser composto por inúmeros estilos, pode servir como forma de expressão artística, cultural ou até como meio de comunicação não verbal, uma vez que detém o poder de transmitir sentimentos, ideias e, por vezes, de contar uma história através do movimento. Mas sabias que, mais do que uma forma de arte, a dança é considerada uma terapia?

A Dançaterapia, como indica o nome, é a junção da dança com a Psicologia, e está inserida no grupo das terapias expressivas, juntamente com a Musicoterapia, Arteterapia e Dramaterapia. Estas são consideradas práticas psicoterapêuticas, que têm vindo a ter cada vez mais adesão, especialmente no combate à saúde mental, devido aos resultados positivos observados desde meados do século XX.

Ao contrário de um bailarino, que, por norma, segue uma coreografia, quem pratica Dançaterapia é incentivado a “soltar-se” e a dançar livremente, respeitando, obviamente, as suas capacidades físicas – o que torna esta prática adequada a pessoas de qualquer idade. Esta terapia estende-se a diversos campos, nomeadamente ao da educação e da reabilitação. Além disso, também se aplica a pessoas que tenham alguma deficiência física, combate a problemas de saúde mental, entre outros.

Fonte: Be Summer

Também conhecida como Dança Movimento Terapia (DMT), esta abordagem terapêutica baseia-se na ideia de que o nosso corpo e mente estão ligados, e tem como objetivo proporcionar o autoconhecimento e um aumento da criatividade, trazendo benefícios tanto a nível físico como mental. A nível físico, a Dançaterapia melhora a coordenação motora, a postura, o equilíbrio e, também, ajuda a libertar tensões acumuladas. Já a nível mental (e por normalmente ser praticada em grupos, obrigando a que haja uma interação por parte dos pacientes), esta é uma aliada no combate ao stress, ansiedade e promove o aumento da auto-estima e da interação social. Para além disso, está provado que também é uma mais valia no tratamento de inúmeras doenças do foro mental, como a depressão, a esquizofrenia e o stress pós-traumático.

Apesar disso, é importante referir que esta prática não substitui intervenções médicas ou psicológicas, mas pode servir como um ótimo complemento.

Fonte: Be Summer

No fundo, dançar, quer seja profissionalmente, quer como lazer ou meio terapêutico, é uma válvula de escape do mundo real, dos nossos pensamentos e, acima de tudo, uma ótima forma de promover o autoconhecimento.

Fonte da Capa: Be Summer

Artigo Revisto por Constança Paixão