Presidenciais 2026 - Magazine x FM x E2

Angela Maryah: “O Quinto Império é a melhor versão do Português”

Com as eleições presidenciais de 2026 à porta, a ESCS Magazine, a ESCS FM e o E2 juntam-se para conversar com os candidatos que pretendem assumir o cargo de Presidente da República. Entre eles está Angela Maryah. A empreendedora, investigadora e autora, com um percurso dedicado ao desenvolvimento humano e à sustentabilidade, concorre agora à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa com um lema marcante: “Portugal Pioneiro, Pacífico e Próspero”.

A Melhor Versão de Portugal: A Ideia do Quinto Império

Angela Maryah procura transmitir uma mensagem de evolução e consciência, reforçando que vivemos numa Era que requer melhores e diferentes formas de agir. Sublinha igualmente a necessidade de distinguir o que é essencial daquilo que é supérfluo para a população. A candidata afirma que o Quinto Império não é mais nem menos do que a melhor versão do português, a melhor versão de Portugal, e isto implica a evolução de consciências

Fonte: Angela Maryah

Uma Candidatura Independente

Angela Maryah candidata-se sem vínculos partidários e sem apoios externos, no entanto, assegura estar em cooperação para dar o seu melhor com os recursos que possui. O nosso dia a dia é uma viagem que tem uma meta, então não vejo limites, aliás é ilimitada”, conclui, acrescentando ainda a observação sobre como é o universo político: à semelhança da vida, intrinsecamente incerto.

Novo Modelo Político com legitimidade e participação ativa dos cidadãos

A candidata apresenta-nos a ideia fundamental de um novo e revigorado modelo político, cujos pilares são a legitimidade e a cidadania, e onde é imprescindível a existência de uma democracia participativa e de uma assembleia independente, na qual um indivíduo pode concorrer a altos cargos mesmo não pertencendo a nenhum partido.

Os partidos nascem da revolução francesa de 1789, há um princípio, meio e fim, e nós estamos no fim dos partidos”. 

Proposta da Plataforma Via Veredicta 

A Via Veredicta surge, na visão de Angela Maryah, como um mecanismo que tornará possível a transição para a Quarta República:o povo passa a co-governar com a Assembleia da República do Governo através das plataformas digitais. Atualmente, a Via Veredicta existe apenas como conceito, criada para ser desenvolvida e estruturada com a intenção de permitir que os cidadãos tenham acesso às áreas de decisão dos Ministérios e possam co-governar com a Assembleia da República.

Soberania e Abstenção: Indícios de um Modelo Político Esgotado

Angela Maryah considera primordial tanto a reestruturação do país como a devolução da soberania nacional, dado que se tratam de dois conceitos que associa ao conjunto de elementos essenciais à vida: o ar, a alimentação, a segurança, o sono e todas as restantes componentes necessárias à sobrevivência. Nesse sentido, a prosperidade do país deve vir da energia e do bem-estar individual, mecanismos capazes de garantir a qualidade de vida e a satisfação das necessidades básicas dos cidadãos. 

É neste contexto que Angela Maryah entende os níveis de abstenção como sendo eles próprios um sinal de que a democracia, no seu estado atual, já não responde às necessidades da grande maioria das pessoas, que se encontram descontentes com o atual modelo político. 

Consequentemente, surge também um desagrado económico. Segundo a candidata, esta questão é agravada pela máquina fiscal que nos aprisiona, e desencadeia a subordinação dos cidadãos face a um sistema que sustenta a corrupção. Angela Maryah acrescenta que este peso recai sobretudo sobre a classe média, devido ao facto de esta enfrentar múltiplas necessidades e cuidados enquanto se vê cada vez mais estrangulada por este modelo económico.

A necessidade de mudança torna-se evidente na sua defesa.

Tudo tem que ser revisto, a educação, a saúde, a segurança, tudo”.

Os desafios da juventude e da terceira idade

Angela Maryah considera a emigração um fenómeno natural, mas reconhece as dificuldades que existem principalmente no início da vida profissional. Defende a ajuda do Estado e a criação de condições para apoiar este arranque, embora sublinhe que os jovens também precisam de se reinventar e procurar caminhos próprios: os jovens devem rasgar um pouco o mercado tradicional”.

Quanto à terceira idade, a candidata salienta que somos uma população envelhecida, mas considera positivo, pois acredita que reflete a sabedoria do país. Refuta, no entanto, que os idosos já deviam ter criado, na sua vida, uma estrutura para terem uma vida calma e digna. Na perspetiva de Angela Maryah, isto não tem acontecido, uma vez que a corrupção tem travado o desenvolvimento económico necessário para garantir essa dignidade.

Equipa presente na entrevista | Fonte: Susana Roldão

Para a candidata,nós devíamos ser um dos países com melhor qualidade de vida desde o nascer até ao morrer. Aqui, a expressão “devíamos” torna-se a palavra-chave para o desfasamento entre o ideal e os compromissos por realizar.

Inovação, Modernização do Estado e Política Externa

A candidata destaca a importância da inovação tecnológica, referindo inclusive projetos pessoais como a autoria de uma cidade aquática – exemplo que demonstra como Portugal deve fomentar a tecnologia. Angela defende igualmente a necessidade de modernizar a justiça e a administração pública: na minha presidência quem dá respostas é o povo. Digam-me que Portugal vocês querem”

Na política externa, mantém uma visão pacífica da identidade nacional, ao declarar que nós não somos um país para estar em guerra, nós somos um país de paz, país esse que constitui uma nação cuja necessidade primordial passa por aprofundar o seu autoconhecimento face ao mundo.

Para todos, um Portugal Próspero e Pacífico

Angela Maryah sintetiza a sua candidatura com o lemaolhar por todos em tudo, servir um país pacífico e próspero. Com esta expressão, confirma a sua vontade de ver Portugal evoluir para se transformar num país cada vez melhor, e com maior qualidade de vida e bem-estar, revendo prioridades e considerando diversas perspetivas, com o objetivo de construir um futuro mais equilibrado e inclusivo.

Fonte da Capa: E2

Artigo revisto por Mariana Ranha e Eva Guedes

AUTORIA

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A Sara desde cedo sempre gostou de dar voz aos que não tinham, de dar ideias, asas a pensamentos e impulsos a opiniões. No seu primeiro ano de Licenciatura em Relações Públicas e Comunicação Empresarial, aos 18 anos, Sara começou o seu caminho na Magazine como redatora no departamento de Opinião, onde teve oportunidade de escrever vários artigos inovadores. Hoje a começar o seu segundo ano na Escs, aos 19 anos tornou-se Editora de Opinião, aceitando o desafio de guiar os atuais e futuros redatores para alcançar o seu grande potencial e inspirar novas mentes com diferentes pontos de vista, comprometendo-se a inovar, criar e incentivar este departamento neste novo ano.