Abandono escolar é o mais baixo de sempre

A taxa de abandono precoce da educação e formação foi de 11,8% em 2018. Em sete anos, assistiu-se a uma redução de mais de dez pontos percentuais. No entanto, o Ministério da Educação ainda se encontra insatisfeito com os resultados.

De acordo com o INE, a taxa de abandono escolar precoce, que mede a percentagem de jovens entre os 18 e os 24 que nem está a estudar nem completou um nível e escolaridade correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico, baixou no ano passado para 11,8%. Este resultado, um mínimo histórico, representa quase um ponto percentual a menos do que os 12,6% registados em 2017.

O Ministério da Educação vê esta descida com bons olhos, lembrando que um dos principais objetivos do governo consiste em combater este flagelo “uma vez que o abandono escolar constitui uma das grandes vulnerabilidades do sistema educativo português, com impactos profundos também ao nível do crescimento económico e da igualdade de oportunidades”. Ainda assim, afirma que a tarefa não está terminada: “enquanto houver jovens que abandonam a escolaridade obrigatória, este trabalho não está cumprido”.

Com efeito, a descida da taxa de abandono precoce da educação e formação ainda não é suficiente para alcançar os objetivos traçados no âmbito da Europa 2020. O plano estabeleceu metas comuns para a União Europeia (UE) cumprir entre 2010 e 2020, “definindo as suas linhas estratégicas com base num crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, que melhore a competitividade e produtividade e permita uma economia de mercado social e sustentável”, esclarece a Comissão Europeia.  

A meta portuguesa era reduzir para 10% a taxa de abandono escolar precoce até 2020. A descida registada em 2018 coloca o país  a 1,8 pontos percentuais do objetivo. Em 2016, Portugal tinha a quarta taxa de abandono escolar mais elevada da EU. Já em 2017, eram 12,6% os jovens que se encontravam em risco de abandono escolar.

O Ministério da Educação, através do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, promete adotar medidas como tutorias para alunos com histórico de insucesso e em risco de abandono, a promoção da escola inclusiva e a valorização das diferentes modalidades do ensino secundário.