Alunos contestam o encerramento do refeitório
A Conferência Forges foi o motivo pelo qual o refeitório da Escola Superior de Comunicação Social foi encerrado aos alunos, o que restringiu e limitou os espaços de refeições.
A Conferência Forges, que se baseia na reflexão da missão do ensino superior para o desenvolvimento dos países e regiões, realizada nos dias 28, 29 e 30 de novembro, no Campus de Benfica, foi o motivo pelo qual a direção da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) realizou um comunicado que frisava o encerramento do refeitório na escola nesses mesmos dias.
Este comunicado apresentava alternativas para os estudantes tomarem as suas refeições, como o deslocamento dos alunos até à Escola Superior de Educação de Lisboa ou aos micro-ondas instalados no piso -2 da escola.
A postura adotada pela direção levou a protestos dos alunos nas redes sociais, nomeadamente no Facebook. Muitos foram os comentários que contestaram a falta de meios na ESCS para os estudantes poderem almoçar. Os alunos mostraram-se revoltados, pedindo justificações pelo sucedido.
Mais tarde, a direção da ESCS procedeu a outro comunicado, no qual justificava o encerramento do espaço em detrimento da Conferência Forges. Este esclareceu que a direção não interferiu na decisão tomada: “é uma iniciativa do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL) que a ESCS acolhe mas sobre a qual não interfere, tendo o refeitório sido encerrado a pedido do próprio IPL”, explicou a direção da ESCS. Para além disto, a direção da escola deixou claro que iria encaminhar todas as queixas feitas pelos alunos ao IPL.
As consequências destes três dias de encerramento do refeitório foram vastas e manifestaram-se de forma negativa para os estudantes. Os pisos -1 e -2, a Associação de Estudantes e o bar da ESCS encontravam-se completamente lotados. Ao redor dos micro-ondas situados no corredor do piso -2 encontravam-se muitos estudantes a comer de pé ou mesmo sentados no chão, devido à falta de mesas.
Jéssica Pinto, estudante da licenciatura Relações Públicas e Comunicação Empresarial na ESCS, contestou a situação, que a prejudicou massivamente. “Como não tenho tempo para preparar o almoço em casa para levar para a escola, acabava por comer no refeitório. Estando ele fechado, tenho de me deslocar até ao bar, onde as refeições são mais caras”, disse Jéssica Pinto. Para além disto, a aluna apontou o facto de o bar da escola se encontrar lotado, o que levou a longas filas e muito tempo de espera. A acrescentar, a comida do bar revelou-se insuficiente para a procura que houve ao longo destes três dias.
O encerramento do refeitório da escola provocou contestações e queixas por parte dos alunos, e causou problemas ao nível da rotina escolar dos estudantes, que se viram obrigados a comer em lugares não adequados para tal e a pagar mais pelas suas refeições. A Escola Superior de Comunicação Social realça que vai ter em conta todas as queixas feitas pelos alunos.
Artigo corrigido por: Joana Silvério