Cinema e Televisão

As gerações e o cinema: A arte intemporal

O cinema une histórias marcantes que permitem a vivência de diferentes realidades e experiências numa só vida. Com o passar do tempo, as pessoas vão mudando e o mundo evolui constantemente. Assim, o modo como o cinema é observado e interpretado também tem vindo a mudar ao longo do tempo, já que cada geração transmite as suas próprias perspetivas e emoções sobre esta arte fascinante, tornando-a sempre surpreendente. Porém, cada geração acaba por demonstrar sentimentos distintos, originados por sociedades e contextos culturais diferentes, nas quais foram inseridos. Desta forma, surge a seguinte questão: Como diferem as opiniões das gerações sobre o cinema?

Vejamos, uma pessoa da geração Baby Boomers cresceu a ser exposta a uma limitação de conteúdos, provocada pelo contexto político da época. Cinemas e teatros eram algumas das principais escolhas em momentos de lazer e entretenimento. Alguns géneros cinematográficos tornaram-se particularmente populares, como os filmes de cowboys. Atualmente, já não são produzidos com a mesma frequência, embora ainda sejam uma ótima opção para indivíduos desta geração. Filmes mais simples, engraçados e não muito “estrambólicos”, continuam a cativar esta geração, sendo frequentemente adorados quando transmitidos em canais televisivos como Hollywood e AXN. Alguns filmes como Back to The Future e Rambo, já da década de 80, são os favoritos pela sua narrativa leve, engraçada e interessante. 

Fonte: TecMundo

Já para a geração X, não observamos uma alteração significativa no que remete a preferência cinematográficas. Filmes dos anos 80 e 90 como Dirty Dancing, Pretty Woman e Top Gun continuam a ser os prediletos para uma tarde de domingo. Estas narrativas marcaram a sua juventude, tornando-se clássicos que exprimem emoções nostálgicas. Relativamente ao seu consumo, as salas de cinema ainda são bastante apreciadas, porém acabam por ser substituídas por plataformas de streaming, pela sua praticidade e conveniência. Se questionarmos esta geração acerca dos atores que mais se recordam no cinema, é impossível para os mesmos não pensar em nomes icónicos como Sylvester Stallone, Patrick Swayze e Arnold Schwarzenegger. No que toca às sagas, esta geração tem uma verdadeira adoração por clássicos como Star Wars, Indiana Jones, Crocodile Dundee e Die Hard.

Fonte: AXN Portugal

Para a geração Z, as suas preferências alteram-se completamente, comparando com as gerações referidas anteriormente. Embora os clássicos nunca sejam esquecidos, estes já não são a sua principal escolha. Com maiores efeitos visuais, melhor qualidade fílmica e atores atuais, esta geração tende para filmes disponíveis em plataformas de streaming como Netflix, HBO Max e Disney Plus. Durante estes anos, podemos observar um grande crescimento de algumas sagas como Marvel, Harry Potter e Hunger Games. Já sobre intérpretes, é importante ressaltar nomes como Timothée Chalamet, Tom Holland, Zendaya e Florence Pugh. Todos estes atores encontram-se em crescimento, alguns já tendo até sido nomeados para Óscares, nomeadamente Timothée Chalamet e Florence Pugh. Com um talento absurdo, esta geração apresenta-se ansiosa para inúmeras décadas de trabalhos únicos destes intérpretes. 

Fonte: R7 Entretenimento

Em suma, em cada geração pode-se concluir a presença de elementos que se destacam. Quer sejam os clássicos filmes de 1960 ou os filmes “cliché” atuais, cada um marca a história do cinema. Esta arte tem vindo a ser introduzida nas rotinas, constituindo um momento especial no dia-a-dia das diversas gerações. Mesmo para Baby Boomers, geração X ou geração Z, um filme pode tornar-se numa ponte entre experiências, idades e culturas, expressando-se através de produções e histórias marcantes. Assim, o cinema continua, ao fim destas décadas, a ser algo intemporal que une gerações, sociedades e, até mesmo, o mundo. O cinema inspira e emociona com narrativas evoluídas, preferências distintas e estilos que estão sempre em alteração, marcadas por cada pessoa que assiste. Deste modo, o cinema não seria o que é hoje sem o contacto com as gerações.

Fonte da capa: UDM

Artigo revisto por Pedro Silva

AUTORIA

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Joana, mais conhecida por Ju, encontra-se no segundo ano de Publicidade e Marketing. Desde pequena, sempre foi viciada em séries televisivas e filmes, já que estes permitem um transporte para outras histórias e realidades. Vê na ESCS Magazine uma oportunidade de juntar estes dois mundos, dos quais tanto adora. O que o futuro reserva? A Joana não sabe, mas vai tentar descobrir.