Boygenius: A Última Nota de um Supergrupo que Redefiniu a Música Indie
O Fim de Uma Era na Música Independente
Formado em 2018, boygenius foi um supergrupo que reuniu três das maiores artistas da cena indie contemporânea: Phoebe Bridgers, Lucy Dacus e Julien Baker.
O projeto surgiu quase por acaso, mas rapidamente se consolidou como um marco na música independente, encantando fãs e críticos com o seu EP de estreia e o álbum The Record (2023). As canções de boygenius, não tocaram apenas os corações dos seus ouvintes, como redefiniram o que é possível quando mulheres talentosas se unem num projeto colaborativo de igual para igual.
Com o seu EP, em 2018, boygenius mostrou a habilidade única das suas integrantes em combinar vozes e estilos distintos. Canções como Me & My Dog e Souvenir exploram temas universais como o amor, a perda e as dificuldades da vida, transmitindo uma vulnerabilidade e autenticidade raras. O som de boygenius é uma fusão de folk, rock e indie, mas, acima de tudo, é uma expressão honesta das experiências e emoções de cada integrante.
O que tornava a banda tão especial era, acima de tudo, a química entre Phoebe, Lucy e Julien. Embora cada uma tivesse já uma carreira solo antes do projeto, quando se juntaram, conseguiram criar algo que não só unia os seus talentos individuais, mas que também expandia as suas possibilidades criativas. Cada integrante trazia algo único para a mesa, mas o resultado era uma música que era, ao mesmo tempo, pessoal e universal, acessível e profundamente introspetiva.
Além disso, boygenius teve um impacto significativo na indústria musical, especialmente quando se trata da representação feminina. Num cenário musical historicamente dominado por homens, a banda destacou-se como um exemplo poderoso de colaboração entre mulheres. As integrantes, não mostraram apenas a sua habilidade para criar algo juntas, como também ajudaram a redefinir o papel da mulher na música, provando que a união entre artistas femininas poderia ser tanto impactante quanto inovadora.
Embora o sucesso da banda tenha sido indiscutível, boygenius anunciou o seu fim em 2024, após uma tour de despedida. A decisão de encerrar o projeto foi tomada pelos próprios membros da banda, que seguirão com as suas carreiras a solo. Embora a notícia tenha sido um choque para muitos fãs, o fim da banda também representa a conclusão de um capítulo importante na música indie. A banda deixou um legado poderoso, não apenas com as suas músicas, mas também com a sua contribuição para a cultura musical como um todo.
Com o lançamento de The Record em 2023, boygenius consolidou o seu impacto na música independente, entregando um álbum repleto de músicas intensas e emotivas que continuam a ser muito ouvidas. Faixas como Not Strong Enough e Emily I’m Sorry exploram as complexidades da amizade, do amor e da identidade, e são lembranças claras de tudo o que a banda representou enquanto existiu.
Embora boygenius tenha chegado ao fim, o legado do grupo permanecerá e ass canções criadas pelas três artistas continuarão a tocar os corações dos seus ouvintes por muito tempo, lembrando-nos da importância da vulnerabilidade e da colaboração. O impacto cultural de boygenius vai além da música: a banda mostrou ao mundo o poder da solidariedade feminina e como esta pode transformar a indústria musical.
As músicas de Phoebe, Lucy e Julien, tanto em conjunto, como a solo, continuarão a influenciar novas gerações de artistas e ouvintes. Boygenius não foi apenas uma banda, mas um movimento que ajudou a redefinir o que significa ser uma mulher na música. O seu impacto vai perdurar, mostrando que quando mulheres se unem podem criar algo verdadeiramente revolucionário.
Fonte da Capa: NPR
Artigo revisto por: Inga Carvalho
AUTORIA
A Mafalda tem 18 anos e vem de Oeiras, lugar que a viu crescer e onde sempre viveu. No secundário estudou Línguas e Humanidades. Atualmente, considera-se uma sortuda por estar a realizar o que para ela era um sonho, estando agora no seu primeiro ano da licenciatura em Jornalismo, na ESCS. Fez parte de projetos, relacionados com diversas áreas, na escola que frequentou, como o projeto Space Messengers, que lhe deu a oportunidade de conhecer o mundo de outra forma e como a ciência, a arte e a comunicação podem estar ligadas.
A Mafalda tem muitas paixões como: ler, escrever, o mundo do cinema, a televisão e a música. Considera que a Magazine lhe dará a oportunidade de juntar o trabalho com as coisas de que gosta e, assim, poder juntar várias das suas paixões ao integrar a Magazine.