Como joga o Chelsea?
O adversário do Futebol Clube do Porto nos quartos de final da Liga dos Campeões mudou de treinador no final de janeiro. Com a chegada de Thomas Tuchel à liderança técnica do Chelsea, caiu o 4x3x3 que o anterior treinador, Frank Lampard, implementou. Foi introduzido o 3x4x2x1.
Na baliza, Édouard Mendy, com 1.96m de altura, que chegou do Rennes no verão, é o titular. Não sofreu golos em 14 dos 25 jogos que disputou na Premier League. Também ajudou a garantir folha limpa em seis das sete partidas em que foi titular na Liga dos Campeões.
No trio de centrais, as opções habituais têm sido César Azpilicueta, Andreas Christensen e Antonio Rudiger. A dupla de centrais preferida por Lampard era composta por Kurt Zouma e Thiago Silva. Estes dois estão a reaparecer depois de um período de ausência.
As dinâmicas ofensivas do Chelsea passam muito pelo corredor central, por onde passam muitos elementos e o jogo associativo se desenrola. A largura é dada por laterais muito ofensivos. À direita, Reece James ou até o adaptado a esse lugar Callum Hudson-Odoi. À esquerda, preferencialmente Marcos Alonso, mas também podem aparecer Ben Chilwell, que foi contratado esta época ao Leicester City, e Emerson Palmieri, italiano que já vem dos tempos de Maurizio Sarri no comando técnico do clube londrino e atualmente tem pouco espaço na equipa. Estes jogadores surgem constantemente em zonas muito adiantadas.
Na dupla de médios centro, Mateo Kovacic tem sido indiscutível. Jorginho também o estava a ser e a conjugar-se muito bem com o croata, mas lesionou-se no joelho e N’Golo Kanté fez o lugar e exibiu-se ao nível que se lhe reconhece. O francês oferece uma disponibilidade tática impressionante: parece estar em todo o lado. Entretanto, Jorginho já regressou e foi titular ao lado de Kovacic na passada jornada da Premier League, na qual o Chelsea foi derrotado em casa pelo West Bromwich por 5-2.
Com Lampard, Timo Werner jogava maioritariamente a partir da ala esquerda, embora também tenha feito alguns jogos no centro do ataque. Tuchel também já utilizou o avançado alemão nas duas posições, mas parece mais inclinado para o colocar como ponta de lança. Werner dá trabalho pela velocidade com que ataca o espaço. A sua característica diferenciadora é a agilidade, mas tem sentido dificuldades quando o jogo é mais físico.
Nas suas costas, há quatro opções para dois lugares: Hakim Ziyech, Kai Havertz, Mason Mount e Christian Pulisic. Este último é aquele que tem tido menor protagonismo, talvez por ser um extremo mais puro, que se associa menos por dentro.
O experiente Olivier Giroud é uma alternativa a Werner no centro do ataque. Cria perigo pela capacidade de antecipação aos centrais e pela facilidade de remate. Já o jovem Tammy Abraham, jogador com características físicas interessantes e com uma boa relação com a baliza, tem vindo a perder espaço.
Artigo revisto por Beatriz Campos
AUTORIA
É amante do futebol e da paixão pelo desporto desde muito cedo. Tem enorme brio naquilo que faz, no conhecimento que procura sobre esta área. Sonha ser jornalista desportivo e marcar pela diferença, por trazer o futebol jogado para a discussão.