Ed Sheeran: A jornada
No oeste de Yorkshire, na pequena cidade Halifax, no dia 17 de fevereiro de 1991, nasceu o homem que haveria de ser um dos maiores artistas da Inglaterra.
O pequeno menino ruivo mergulhou na música desde muito cedo: aos 4 anos de idade já cantava no coro da igreja da sua terra local e aos 11 anos já tocava guitarra. Ed Sheeran via na sua arte um refúgio, sofria de bullying pela cor do seu cabelo, os óculos grandes e o seu impedimento da fala. Então, pequeno e ambicioso, aos 14 anos já gravava discos amadores, intitulados The Orange Room e Spinning Man, que vendia entre o seu pequeno grupo de amigos.
Apenas com 16 anos e de guitarra na mão, Ed partiu para Londres para estudar música. Depois do curso, viu-se sem dinheiro para pagar uma renda em Londres: depois dos seus pequenos gigs, quando não encontrava um sofá amigo para descansar, era obrigado a dormir nas estações de metro ou no arco do Buckingham Palace. Contudo, o frio e a fome londrina nunca o fizeram desistir: tocava sempre que podia, produzia e escrevia sozinho noites a fio para tentar fazer algum dinheiro. Algumas das músicas, lançadas em anos posteriores, como You Need Me I Don’t Need You e Take It Back, têm como objeto esses precisos momentos mais difíceis da vida do cantor.
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Entre colaborações e produções com outros artistas, em abril de 2010, Ed Sheeran voou para Los Angeles onde conheceu Jamie Foxx, que permitiu que o cantor usasse o seu estúdio de música profissional. Ali nasceram os dois primeiros “verdadeiros” EPs da sua carreira: Songs I Wrote With Amy e, mais tarde, No.5 Collaborations Project.
Um ano depois, em abril de 2011, o músico-compositor apareceu no programa de TV “Later…with Jools Holland” para apresentar The A Team, e em agosto You Need Me I Don’t Need You. Assim, obteve mais visibilidade e popularidade, no entanto, o seu nome ainda não era conhecido à dimensão que pretendia.
No final de 2011, lançou o seu primeiro álbum + (plus), a explosão da sua carreira. Plus chegou a número um em vários países e vendeu mais de 100 milhões de cópias na Grã-Bretanha. Sheeran escreveu músicas para a banda mais popular daquele momento, One Direction, e colaborou com Taylor Swift no single Everything Has Changed, e, mais tarde, ingressou numa digressão mundial.
Já com uma base de fãs consolidada, em junho de 2014 lançou o seu segundo álbum x (Multiply), que teve maior sucesso do que o primeiro: milhões de vendas, mais de 5 canções, como os êxitos Thinking Out Loud, Don’t e Photograph, número 1 diferentes países.
Partiu na mesma altura numa digressão mundial, que passou por Portugal no Rock In Rio Lisboa em 2014 com um sucesso nunca antes visto. Como é que é possível um rapaz de vinte e poucos anos no palco, apenas com uma guitarra e um loop pedal esgotar arenas e estádios? Através de algo que só Ed Sheeran consegue: uma simplicidade melódica e ao mesmo tempo bela, eficaz e autêntica.
O seu mais recente álbum, Divide, lançado em março de 2017 bateu recordes de streaming ninguém imaginava com Shape Of You, Galway Girl e Castle On The Hill.
Agora, numa digressão mundial com espetáculos esgotados, é seguro dizer que o seu sucesso galopante não parece cessar. O futuro, quem sabe? Mas o mundo espera, e precisa, de mais música deste artista.