Leonardo DiCaprio, a pérola de Hollywood
Foram precisas cinco nomeações, muitos memes na Internet e um empurrãozinho de Iñárritu para Leonardo DiCaprio poder, finalmente, acrescentar ao seu currículo “Vencedor de Óscar de Melhor Ator Principal”.
Estreou-se na representação com apenas seis anos, mas foi na adolescência que conseguiu o seu primeiro ‘grande’ papel. E a coisa não podia ter começado melhor – em “A Vida Deste Rapaz”, Leonardo contracena com Robert De Niro, um dos atores mais aclamados da indústria cinematográfica, e, no primeiro teste no grande ecrã, garante uma representação sólida.
No mesmo ano, DiCaprio revela pela primeira vez a sua capacidade de se dedicar de corpo e alma a qualquer papel – em “Gilbert Grape”, um drama carregado de emoção, Leonardo interpreta um jovem com problemas mentais. O ator é aclamado pela crítica e a Academia reconhece o seu trabalho com a nomeação para Melhor Ator Secundário.
O ator de apenas 41 anos tem um currículo cinematográfico incrível – foi o apaixonado Jack em “Titanic”, foi um gangster nova-iorquino em “Gangues de Nova Iorque”, interpretou o louco Howard Hughes em “O Aviador” e deu cara ao charmoso Gatsby em “O Grande Gatsby”. Esteve sempre ligado a nomes como Kate Winslet, Jack Nicholson, Steven Spielberg, Martin Scorsese, entre outros.
Bastante aclamado pela crítica e ainda mais admirado pelo público, Leonardo DiCaprio percorreu um longo caminho até conquistar o reconhecimento da Academia. Mas quem espera sempre alcança e, com a sua interpretação de Hugh Glass em “O Renascido”, o ator arrecadou finalmente a estatueta dourada. Ainda que tenha sido uma interpretação extraordinária, é impossível não considerar que este prémio tenha sido um galardão por toda a sua carreira e não apenas pelo seu papel na obra de Iñárritu.
No seu discurso de aceitação, DiCaprio aproveitou para chamar à atenção para as alterações climáticas que ocorrem no nosso planeta – esta é de resto uma das principais preocupações do ator, que se tem mostrado ao longo dos anos um ativista ávido da causa ambiental.
A sua carreira está repleta de interpretações que podemos considerar “oscar worthy” e a sua total dedicação a todo e qualquer papel permite criar personagens memoráveis. Nas obras em que contracena coloca muitas vezes a sua integridade física em risco – em “Django Libertado” cortou a mão num vidro e recusou-se a interromper a cena, e, curiosamente, foi esse o take escolhido para a edição final do filme.
Considerado por muitos um verdadeiro camaleão, Leonardo DiCaprio nunca desilude. Dedicado e incansável, dá tudo de si à indústria cinematográfica, mesmo quando esta falhou em garantir-lhe o reconhecimento merecido.
Com um legado brilhante e agora o Óscar de Melhor Ator Principal, Leonardo DiCaprio tem com certeza ainda muito para dar.
Para nós, público, fica a ansiedade e a expetativa – o que fará DiCaprio a seguir?