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Lewis Hamilton: Da Dinastia Prateada ao Vermelho de Maranello

Após 12 anos juntos, Lewis Hamilton despede-se da Mercedes e põe fim à parceria mais vitoriosa da história da Fórmula 1. Entre 2014 e 2020, equipa e piloto dominaram completamente a era dos motores híbridos, arrecadando 7 títulos de construtores consecutivos e 6 títulos mundiais de pilotos para Hamilton. Apesar das dificuldades sentidas nos últimos anos, o impacto da relação Mercedes-Hamilton transcendeu as pistas e ficará para a história como um símbolo de excelência e inovação. Com a decisão de vestir o vermelho da Ferrari a partir de 2025, Hamilton inicia um novo capítulo na sua carreira, deixando o legado de uma aliança que redefiniu os padrões da Fórmula 1.

A parceria entre Lewis Hamilton e a Mercedes é, sem dúvida, uma das mais marcantes da história do automobilismo. Desde que se estreou na modalidade em 2007, com um motor Mercedes pela McLaren, Hamilton já dava sinais de que iria marcar o seu nome na história. No entanto, foi apenas em 2013, ao substituir Michael Schumacher na Mercedes, que a sua carreira alcançou um novo patamar. Apesar das dúvidas iniciais sobre a capacidade da equipa para competir ao mais alto nível, a escola de Hamilton revelou-se visionária, dando início ao período mais vitorioso de um piloto na história da modalidade.

Nas 246 corridas disputadas pela Mercedes, Hamilton conquistou nada menos que 84 vitórias, 78 pole positions e 55 voltas mais rápidas, números que representam a maior parte dos fantásticos 105 triunfos, 104 poles e 67 voltas mais rápidas que o britânico alcançou até agora. Contam ainda as 153 vezes que subiu ao pódio pela equipa, consolidando a sua posição como o maior piloto da era moderna.

Mas as histórias de sucesso muitas vezes tomam rumos inesperados. A temporada de 2021 marcou o início de uma nova fase, com Hamilton a enfrentar a rápida ascensão de Max Verstappen, que se tornou numa das rivalidades mais intensas da história recente da F1. O controverso desfecho do campeonato em Abu Dhabi, que viu Verstappen bater Hamilton na última volta, foi um ponto de viragem não só na carreira do britânico, mas também no domínio da Mercedes. A introdução de novos regulamentos técnicos a partir de 2022 trouxe desafios inesperados para a equipa, cujo carro enfrentou problemas significativos, abrindo espaço para o início do domínio da Red Bull e dificultando a luta de Hamilton por vitórias.

Já em 2024, com o anúncio da sua mudança para a Ferrari ainda antes do início da temporada, Hamilton teve a oportunidade de encerrar a sua passagem pela Mercedes em grande estilo. Apesar de anos marcados por altos e baixos, a vitória no Grande Prémio da Grã Bretanha, a primeira do piloto em 945 dias, comoveu milhares ao redor do mundo, tornando-se no ponto alto do ano de 2024 da Mercedes.

Fonte: NDTV Sports

Embora o casamento entre Hamilton e a Mercedes parecesse inabalável, a decisão do piloto de mudar para a Ferrari marcou uma reviravolta inexplicável no mundo do automobilismo. Prestes a completar 40 anos, Hamilton percebeu que o tempo para realizar um dos maiores sonhos de qualquer piloto de Fórmula 1 estava a esgotar-se. Mesmo com a Ferrari distante da forma que lhe permitiria disputar o tão desejado oitavo título mundial, o simbolismo de vestir o macacão vermelho e fazer parte da história de uma das equipas mais lendárias da F1 revelou-se uma oferta irresistível.

Com a transferência para a Ferrari, Lewis Hamilton assume o lugar de Carlos Sainz e junta-se a Charles Leclerc, formando uma dupla que promete grandes feitos. A missão, no entanto, é desafiadora: reerguer a lendária escuderia italiana, que não conquista um campeonato mundial de construtores desde 2008. Para Hamilton, esta é uma oportunidade de usar a sua vasta experiência e liderança para ajudar a restaurar o prestígio que há anos procura fazer jus à sua grandiosidade. Ao lado de Leclerc, cujo talento e velocidade são inegáveis, Lewis Hamilton tem a oportunidade de iniciar uma nova fase em Maranello, levando a equipa de volta aos lugares mais altos do pódio.

Enquanto fãs e críticos esperam ansiosamente pelo desenrolar desta história, a esperança é que a união entre o veterano heptacampeão e o jovem prodígio da Ferrari marque o renascimento de uma gigante da Fórmula 1.

Fonte: Autogear

Fonte da Capa: Planet F1

Artigo revisto por Mariana Céu

AUTORIA

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Desde criança que a Maria sempre esteve envolvida nas mais diversas modalidades, mas foi à Ginástica de Trampolins que se dedicou durante 11 anos. Atualmente no primeiro ano da licenciatura em Jornalismo, tem como objetivo encontrar o equilíbrio perfeito entre a paixão pelo desporto e o jornalismo. Entre as suas maiores paixões estão o futebol e a Fórmula 1, mas é o desenvolvimento do desporto profissional feminino que realmente a motiva. Vê a ESCS Magazine como um desafio e como uma excelente oportunidade de aprender ao mesmo tempo que explora aquilo que mais gosta.