Literatura

Meses Temáticos – abril 2017

Quando lemos algum livro, a história e as personagens começam a criar realidades diferentes daquelas que vivemos, transportando-nos para o mundo imaginário. Estas histórias fazem com que nos imaginemos na “pele” das personagens e, por isso, começamos a imaginar músicas ou sons que descrevem completamente todo o livro em apenas três minutos. Assim, a nossa secção de Literatura juntou-se mais uma vez para te mostrarmos as músicas que associamos aos nossos livros preferidos.

Ana Rita Cristóvão – Perfect World, dos Kodaline

É sempre uma tarefa difícil escolher algo que seja o nosso número um. Neste caso, um livro. A primeira obra que me vem à cabeça é do escritor americano John Steinbeck. Há quem adore e há quem odeie. A minha opinião sobre este livro prende-se com a mensagem tão simples, mas, ao mesmo tempo, tão rica, que nos é passada. Num jogo entre o bem e o mal, o dever, o poder e o fazer, “A Pérola” é um dos meus livros de eleição. Uma das músicas que facilmente associo à mensagem que o livro transmite é “Perfect World”, dos Kodaline.

Madalena Costa – I See Fire, de Ed Sheeran

Um livro de que já quase todas pessoas ouviram falar, nem que seja por terem visto o filme ou por terem ouvido dizer que as amigas choraram baba e ranho a vê-lo. Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas, com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro e ao conhecer Augustus Waters, a história de Hazel estava prestes a ser completamente reescrita.

A música que, na minha opinião, melhor descreve este livro tinha de ser do Ed Sheeran, cantor um tanto ou quanto romântico, que deixa as raparigas a suspirar com cada letra de música que escreve. A música é “I See Fire” e é a que melhor se adequa ao livro “A Culpa É Das Estrelas” por ter a melodia e a letra certas para descrever a história de amor destas duas personagens.

Maria Moreira Rato – Breathe Me, de Sia

Tal como escolher o meu ou a minha autor(a) preferido(a) constitui uma tarefa árdua, o mesmo acontece com os livros. No entanto, recordei-me do Objetos Cortantes, obra de Gillian Flynn, que li no verão que antecedeu o meu ingresso no Ensino Superior. Porque, para além de me ter incentivado a seguir o meu sonho de ser jornalista, me fez entender a investigação dessa área através de um olhar muito peculiar: o de uma repórter que regressa à sua cidade-natal para descobrir os meandros do homicídio de duas jovens e, apesar de amar o jornalismo, assume que o mesmo não é um mar de rosas.

Desde as primeiras páginas, consegui associá-lo a uma música: a “Breathe Me da Sia. Porque Camille, a protagonista desta história arrebatadora e obscura, possui uma panóplia de problemas psicológicos e sofre muito, o que a leva a vingar-se na sua pele, cravando as mais diversas palavras no corpo. E, na letra de “Breathe Me”, a cantora australiana Sia descreve a auto-mutilação de uma forma menos agressiva, através de frases como “Help, I have done it again, I have been here many times before, hurt myself again today and the worst part is there’s no one else to blame”, e, à medida que ia lendo o livro, esta canção funcionava quase como uma banda sonora de uma só faixa, é verdade, mas que tocava sempre na minha mente e se adequava perfeitamente às peripécias narradas.

Manon Abrantes – Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky

Escolher a música do livro favorito é tarefa árdua para um leitor insaciável… Por isso, escolho uma das peças do ballet russo Lago dos Cisnes para acompanhar a obra Piège pour Cendrillon do escritor francês Sébastien Japrisot. É um romance policial que relata a história de um assassinato, mas o narrador, uma de três irmãs, todas elas com uma infância perturbadora, é simultaneamente investigador, testemunha, vítima e assassino.

O enredo, intenso, prende instantaneamente o leitor, que se vê consumido pela agonia de decifrar esta conspiração. O modo como a narrativa evolui sempre me fez lembrar o ballet Lago dos Cisnes do compositor russo Tchaikovsky, especialmente o final do segundo ato. Li o livro em francês, mas este pode ser encontrado também em português, por isso não há razão para perder uma obra tão poderosa.

Duarte Pagou – Us and Them, de Pink Floyd

O desafio aqui era escolher que música melhor se enquadrava com o nosso livro favorito, o que, para muitos, poderia ser um desafio. Começando pelo livro, a escolha não é muito complicada – 1984 de George Orwell. Primeira parte do desafio superada. Quanto à música, teremos de ir por passos e seguir um raciocínio lógico mas nada difícil: banda favorita – Pink Floyd; álbum favorito – The Dark Side of the Moon; música favorita –  Us and Them. Até pode parecer que fiz de propósito, mas 1984 e Us and Them foram feitos um para o outro. Em ambos os casos, fala-se das injustiças da sociedade, no primeiro recorrendo a uma distopia passada no futuro, no outro cantando-se sobre os absurdos da guerra entre pessoas no presente. Qualquer uma das obras é uma excelente fonte de reflexão e, quando mais não seja, uma excelente forma de lazer.

Madalena Rodrigues – Romeo and Juliet, de Dire Strais

A Lenda de Despereaux é uma história de amor entre um ratinho herói e uma princesa entristecida. Esta história de amor lembra-me a música da banda Dire Strais, “Romeo and Juliet”. A música descreve, calmamente, a história de amor do casal mais apaixonado que já conhecemos. Ao contrário do final trágico que a música acaba por contar, a história de Despereaux termina de um modo bem mais feliz. No entanto, acho que a música descreve perfeitamente esta obra, devido ao facto de a sua melodia ser calma, mas cheia de fervor ao mesmo tempo, retratando as histórias de amor tal como elas são.

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AUTORIA

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Se virem uma rapariga com o cabelo despenteado, fones nos ouvidos e um livro nas mãos, essa pessoa é a Maria. Normalmente, podem encontrá-la na redação, entusiasmada com as suas mais recentes descobertas “AVIDeanas”, a requisitar gravadores, tripés, câmaras, microfones e o diabo a sete no armazém ou a escrever um post para o seu blogue, o “Estranha Forma de Ser Jornalista”… Ah, e vai às aulas (tem de ser)! Descobriu que o jornalismo é sua minha paixão quando, aos quatro anos, acompanhou a transmissão do 11 de setembro e pensou: “Quero falar sobre as coisas que acontecem!”. A sua visão pueril transformou-se no desejo de se tornar jornalista de investigação. Outras coisas que devem saber sobre ela: fica stressada se se esquecer da agenda em casa, enlouquece quando vai a concertos e escreve sempre demasiado, excedendo o limite de caracteres ou páginas pedidos nos trabalhos das unidades curriculares. Na gala do 5º aniversário da ESCS MAGAZINE, revista que já considera ser a sua pequena bebé, ganhou o prémio “A Que Vai a Todas” e, se calhar, isso justifica-se, porque a noite nunca deixa de ser uma criança e há sempre tempo para fazer uma reportagem aqui e uma entrevista acolá…!