Michael Jackson, o maior de todos os tempos
Tinha seis anos quando aconteceu. Estava com os meus pais num restaurante a que costumávamos ir quando apareceu uma das notícias que mudou o mundo: o Michael Jackson tinha morrido. Lembro-me de perguntar à minha mãe quem era o Michael Jackson e, desde esse dia até este momento, é uma das memórias mais presentes da minha infância. São raras as pessoas que conseguem marcar a memória do Homem e, até há pouco tempo, não tinha percebido que este acontecimento é igual a quando o meu avô aumentou o rádio e a minha mãe soube da morte da princesa Diana, quando a minha avó soube da morte do presidente Kennedy, na sua casa da Rochinha, e quando o meu professor de história do 12.º ano assistiu à chegada do Homem à Lua. Hoje percebo que este homem, esta lenda, é o maior artista que já viveu na terra.
O rei do pop começou cedo. Tinha seis anos quando iniciou a sua carreira musical junto dos seus irmãos, formando a eterna banda Jackson 5. No entanto, Michael era o que mais talento apresentava. Exemplo disso é a sua voz inconfundível e incomparável, o seu talento para a dança e a sua capacidade de compor canções que marcaram a história da música, vendendo mais de 350 milhões de cópias dos seus discos em todo o mundo. Primeiro compôs os da banda e mais tarde a solo. A grande prova deste grande talento é o álbum Thriller, considerado pelos fãs e pelos especialistas da música o maior e melhor álbum da história, e temas como Billie Jean, You Are Not Alone, Black or White e entre outros. Os seus singles e álbuns renderam mais de 1300 nomeações para prémios, tendo vencido 1002 dos mesmos, tornando-se o artista mais premiado da música pop.
Para além de génio da música, Michael dedicou a sua vida a um vasto leque de causas humanitárias. Durante as suas turnês tentava sempre ajudar alguém ao redor do mundo e, muitas vezes, visitava hospitais onde estavam internadas crianças com doenças terminais. Além disso, doava grandes quantias de dinheiro a hospitais e escolas (ex: doou 20 mil dólares a uma família no Japão, cujo filho tinha sido assassinado). Em 1984, o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, agraciou o cantor com a Presidential Public Safety Communication Award, pois o cantor permitiu que o seu single Beat It fosse utilizado para uma campanha contra a condução sob o efeito de álcool e o uso de drogas. Para além disto, o próprio dedicou um grande esforço à luta contra as drogas, criando uma fundação para este efeito.
De todos os artistas de todas as artes, não há maior que este cantor. Ao redor do mundo existem cantores formidáveis que ganham imensos prémios e conseguem influenciar o mundo da música. No entanto, nenhum alguma vez conseguirá ocupar o lugar de Michael, nenhum terá o seu talento, a sua voz inconfundível e a sua generosidade. Consigo, finalmente, entender o porquê de tantas teorias sobre a sua morte e a recusa dos fãs em acreditar que esta lenda morreu. Esta pode ser apenas a minha opinião, mas uma coisa ninguém pode negar: é este cantor que me alegra quando estou triste e que me inspira quando não me lembro do que escrever nas minhas histórias.
Fonte da capa: Wallpaper
Artigo revisto por Ana Damázio
Muito bem
Bravo