Não Podemos Matar o Mandarim – Indie Rock Tuga ou Eça de Queiroz?
São três os que nos proíbem de matar o Mandarim. João Campello (na bateria), João Amorim (na voz) e Manuel Dinis (na guitarra). Nunca Mates o Mandarim é uma banda indie-pop-rock portuguesa de origem portuense e ideia original de João o baterista.
De onde surgiu este nome tão peculiar?
Conta o músico que, antes de decidirem o nome que hoje têm, pensou em “Língua Morta”, chegando depois à conclusão de que esse nome talvez levasse os possíveis ouvintes a uma ideia enganosa do que seria a música da banda. Passou por nomes como “O Elefante” ou “O Mandarim”, a razão era o desejo de João de querer referenciar um livro que o tenha marcado. O Mandarim, de Eça de Queiroz, ou A Viagem do Elefante, de José Saramago, são alguns dos exemplos. Acabou por assentar em Nunca Mates o Mandarim pela originalidade e peculiaridade do nome.
Os primeiros passos na música e o tão esperado álbum
Entre setembro e outubro de 2022 lançaram os seus dois primeiros singles: Marie e Donos da Terra, que fizeram bastante sucesso nas redes sociais, principalmente no TikTok, dando assim a conhecer esta nova banda.
Quatro meses depois, já em 2023, podemos juntar um terceiro, o Pimba e Poncha, e pouco tempo passou até sair o primeiro álbum: Parou p’ra ver, lançado a 3 de março de 2023.
Conseguimos perceber, com o seu lirismo, que estes três músicos gostam do seu país. Neste álbum encontramos músicas como o 5ºEsq. onde temos referências (óbvias) a terras de Portugal. Ou então, um pouco antes no disco, temos Croché, música onde o sujeito que canta, o João (o vocalista), espera alguém nas Virtudes, passa pela Cordoaria e acaba num bar «entre o Carmo e a Trindade».
Decidiram também pegar nas raízes mais «tugas» e foram buscar clássicos da música popular portuguesa. Lançaram primeiro a sua versão de Coisinha Sexy de Ruth Marlene, seguida pelo tão adorado Pó de Arroz de Carlos Paião. Em terceiro saiu Amanhã de Manhã das Doce.
Com estes clássicos portugueses lançaram um EP, em 2024, intitulado de Nunca Mates o Mandarim Cantam os Clássicos, que traz mais um cover: desta vez, A Bela Portuguesa, de Marante. Conseguimos facilmente identificar a linguagem “Mandarinense” neste EP, depois de ouvirmos com atenção o primeiro álbum.
Acabamos a discografia desta banda bastante portuguesa com dois singles, Boulevard, 61 e Casa de Apostas lançados em maio e junho deste ano, respetivamente.
Agora esperamos por mais um álbum que, segundo o baterista, “terá um toque de influência d’O Primo Basílio voltando às origens do nome da banda”.
Podemos ficar descansados porque o Mandarim ficará seguro para sempre, não se chamassem eles Nunca Mates o Mandarim!
Fonte da Capa: Leonor Tapadas
Artigo revisto por Carolina Ferreira
AUTORIA
A Leonor sempre adorou escrever, desde pequenina. Quer fossem histórias de fantasia ou uma notícia, ela escrevia. Era uma menina muito extrovertida e social, mas quando escrevia gostava de o fazer sozinha. Faz rádio desde os 9 anos e adora dar a conhecer a sua opinião. Está neste momento a estudar jornalismo e sabe que a Magazine lhe vai proporcionar uma ótima experiência e permitir à Leonor de 9 anos continuar a escrever como sempre adorou.