O Apogeu de SL Benfica e FC Porto
A Liga dos Campeões sempre foi uma disputa entre tubarões e aqueles “mais acessíveis”. E como são vistos os clubes portugueses? Como os mais acessíveis, claro.
O SL Benfica calhou naquele que seria considerado o grupo mais difícil de passar. O FC Porto calhou no grupo mais acessível, em comparação com os dos clubes portugueses.
Lá fora, o desejo pelos clubes portugueses no grupo era enorme, achando-se que seria simples passar por esse teste. Afinal, o que aconteceu com estes dois clubes portugueses para que ninguém os coloque na categoria de “tubarão”?
O FC Porto teve um início atribulado em que já todos davam os Dragões como derrotados. Aquilo que os europeus achavam parecia ser verdade: goleada sofrida contra o Club Brugge e derrota ao cair do pano contra o Atlético de Madrid.
Via-se um cenário difícil para o Porto. No entanto, a surpresa viria nos jogos seguintes. Jogo a jogo, minuto a minuto, os jogadores do Porto colocavam os seus adeptos a sonhar com mais uma ida aos oitavos de final. A reviravolta aconteceu e a esperança nasce com duas vitórias perante o Bayer Leverkusen. A seguir vinha o Brugge, uma das maiores surpresas da fase de grupos, já com os seus adeptos fascinados com a passagem da equipa. A vingança serve-se fria, e assim foi o jogo entre o Porto e o Brugge. Restava um lugar apenas, com um gigante ainda por apurar e o Porto. Mas antes do confronto entre estas duas equipas, os Colchoneros haviam escorregado e empatado, permitindo assim aos dragões a passagem. O primeiro lugar ficava para decidir na última jornada. O sonho era possível para os dragões: passar em primeiro e evitar os ditos tubarões europeus. O Atlético, ainda a lutar pela Liga Europa, avizinhava-se um jogo difícil para os azuis e brancos e o seu rival direto tinha, na teoria, um jogo mais acessível. O Porto foi superior ao seu adversário. Na outra partida, o Brugge perdia pontos e deixava fugir o primeiro lugar. Foi então, na última jornada, que os dragões ofereceram a melhor prenda aos seus adeptos: a passagem aos oitavos em primeiro lugar do grupo. Afinal, um Porto que todos davam como perdido e sem praticamente nenhuma hipótese, tinha mostrado a tudo e a todos a sua capacidade de ser também um gigante.
Faltava então saber como seria a vida do Sport Lisboa e Benfica no chamado “grupo da morte”. Para os benfiquistas, a esperança de passar era elevada – acreditavam na capacidade dos seus jogadores e na inteligência do sistema tático do seu treinador. Já para os apoiantes dos restantes clubes deste grupo, a ideia não era bem essa. Teriam de combater contra uma Juventus desfalcada, mas que assustava só pelo nome, e um Paris Saint-Germain com Messi, Neymar e Mbappé.
A fase de grupos começa para o Benfica com um jogo em casa com a equipa teoricamente mais “fraca” e, por isso, se as águias quisessem sonhar com a passagem, este primeiro jogo era importantíssimo para continuar essa caminhada. A vitória foi dos encarnados e, no outro jogo, a Juventus tinha perdido com o monstruoso PSG. O Benfica estava em vantagem face ao seu (dito) rival direto. No entanto, aquilo de que ninguém estaria à espera, sem ser os adeptos apaixonados do Benfica, é que o clube da Luz seria o rival direto do PSG, e não da Juventus. As duas equipas estavam empatadas até ao encontro entre ambas. Primeiro seria na Luz e logo de seguida em Paris, dois jogos em que o Benfica sabia que tinha de ter noites perfeitas e talvez uma ponta de sorte. Perfeitas não foram visto que o Benfica disputou o jogo olhos nos olhos com o PSG e apenas conseguiu o empate. Na Luz, o PSG teve um guarda-redes gigante que tirou o sonho de uma noite épica e histórica para os benfiquistas. Em Paris seria ao contrário. O Benfica conseguira, então, travar o trio MNM. Faltavam dois jogos, 180 minutos em que os Benfiquistas poderiam sonhar com o primeiro lugar, visto que estava tudo empatado com o PSG. O Benfica ganha à Juventus por 4-3, desperdiçando uma vantagem de três golos e deixando assim o PSG com um maior diferencial entre tentos marcados e sofridos e, por isso, em primeiro lugar no grupo até ao último jogo desta montanha russa de emoções. Os benfiquistas esperavam uma ajuda quase impossível por parte da Juventus e acreditavam numa vitória que batesse o recorde de pontos de sempre na fase de grupos. Aquilo que ninguém estaria à espera aconteceu. O PSG marca dois golos e vence pela margem mínima e o Benfica vence com uma goleada, ficando assim em primeiro lugar do grupo. Recuperou a diferença de golos, mas graças a este último jogo passaram a ter mais golos fora. As águias conseguiram aquilo que ninguém acreditava ser possível, empurrar o PSG para o segundo lugar do grupo.
O sonho aconteceu, as águias e os dragões tinham conseguido passar para a próxima fase e em primeiro lugar. Será com esta campanha que os europeus nos passarão a ver como adversários a evitar? Seremos agora vistos, também, como gigantes europeus? Fica a dúvida no ar e o orgulho nas equipas portuguesas, com o desejo de que cheguem muito longe nesta edição da Champions League.
Fonte da capa: Besoccer
Artigo revisto por Joana Gonçalves
AUTORIA
Desde de pequena que a paixão pela escrita cresce. Começou através do “querido diário” e todas as idiotices que naturalmente lhe estão associadas até aos dias de hoje, onde tudo o que vê e tudo o que pensa, é passado para o papel porque quem sabe pode vir a dar uma história engraçada. Começou a tratar a escrita e as palavras com mais carinho no 7º ano, a professora de português da altura deu a conhecer o prazer e a força da escrita e é graças a ela que hoje adora escrever. Afinal, esta arte é ótima para quando precisamos de desabafar, o papel é um excelente confidente. Atualmente estuda Relações Públicas e Comunicação Empresarial na Escola Superior de Comunicação Social e a Magazine foi uma porta que se abriu para colocar em prática esta paixão e evoluir do “querido diário”, para o “queridos leitores”.