O Magical Garden traz a magia da natureza à cidade
A ESCS Magazine esteve presente na inauguração da nova edição do Magical Garden, que se prolongará até 3 de junho. Marca na tua agenda e aproveita agora que os dias vão ficar mais quentes para o visitares! A magia está espalhada pelo Jardim Botânico Tropical de Belém, mesmo atrás dos famosos pastéis de Belém. Decerto não precisas de motivos para visitar esta zona claramente turística, mas vou convencer-te a ficares por lá até mais tarde.
Depois de assistires ao pôr-do-sol no Tejo e de comeres qualquer coisa, estás prontx para a descoberta. As entradas são a partir das 21h e até às 21h45, sendo que encerra às 22h30. Fizemos o percurso numa hora e conseguimos vê-lo com calma, tendo até tempo para tirar várias fotografias! Podes visitar o Magical Garden de quinta-feira a domingo ou, se preferires, em feriados ou vésperas dos mesmos. Lá dentro andas livremente, pelo que podes demorar o quanto queiras a ver determinada parte do espetáculo. Ainda assim, há staff em cada canto, pronto para te guiar sempre que precisares!
O bilhete normal é 15€, mas tens outras opções. Consegue comprar o bilhete de preço reduzido, a 12€, quem for estudante, sénior (mais de 65 anos), residente no distrito de Lisboa, de mobilidade reduzida ou quem tiver entre 4 e 17 anos. As crianças até aos 3 anos não pagam entrada e podes ainda comprar um bilhete família, com dois adultos e uma criança dos 4 aos 17 anos – sendo que cada um fica a 10,60€. Importa referir que o percurso é acessível a portadores de cadeira de rodas, excetuando duas partes (China Encantada e Herbário Encantado). Além disso, estão asseguradas eventuais necessidades: se tiveres fome, podes parar num dos snack lounges e, caso precises de ir à casa de banho, também o podes fazer mais para o fim do percurso.
No total, o percurso conta com 20 experiências luminosas. Quando visitares o espaço, aconselho-te que leves este mapa! Podes aceder à versão com melhor qualidade aqui. A viagem “à volta do mundo” parte do Egito Dourado e passa por locais como a China Misteriosa (onde não é permitido tirar fotografias), o Japão Místico e a Índia Vibrante. Termina na era dos dinossauros, mas, até lá chegares, há muitos outros animais iluminados. Alguns até se mexem! Embora tenha adorado cada um, tenho de destacar o Herbário Encantado (no Palácio dos Condes da Calheta) como a parte que me deixou mais impressionada.
Quando encontrares em pontos do percurso uma menina, um menino e um cão, são a Lia, o Leo e o Lux – os viajantes “da casa”, sempre equipados para cada aventura. Se também quiseres ir preparado, segue o conselho da organização do Magical Garden: “Calce as botas, vista o casaco e aventure-se no jardim mágico!”, principalmente se o visitares em abril (“águas mil’‘) ou num dia particularmente chuvoso. Mas não te preocupes que a chuva não te estraga os planos; a experiência está pronta para lidar com essa adversidade! Simplesmente tens de ter cuidado extra a olhar para o chão para não tropeçares ou escorregares.
Apesar de todo o percurso estar bem identificado e iluminado, há sempre partes mais escuras. Tens de estar atento às cordas que delimitam o espaço, bem como a eventuais degraus ou zonas escorregadias. No geral, o espaço está super bem aproveitado, sendo que cada cantinho é especial, nem que seja por uma árvore iluminada com uma cor que a torna exótica. O aproveitamento da natureza é um dos pontos fortes deste projeto. Conseguiram fazer com que se adequasse perfeitamente ao ambiente, integrando cada peça no Jardim Botânico Tropical. Desde pequenos lagos a pontes, chega a parecer que foi o Jardim a adaptar-se à experiência e não o contrário. Aliás, os animais espalhados pelo percurso provam-no. Não me refiro às peças em exposição, mas, por exemplo, a patos que por lá andam e que não parecem muito incomodados com as mudanças.
Mas não são “só” os nossos olhos os sortudos. Apesar de serem exposições lindas, ganham ainda mais magia graças à sonoplastia. Em cada experiência há efeitos sonoros diferentes e adequados. Nalgumas partes o volume é mais alto; noutras mais baixo. Mas está sempre – e isso é impressionante – em sintonia com aquilo que vemos. Ficamos totalmente envolvidos. E ainda por cima é ao ar livre! Agora, mais do que nunca, há que valorizar este tipo de iniciativas que nos permitem fugir um pouco à realidade. Como o percurso é espaçoso, não precisamos de estar muito junto a ninguém. Sentimo-nos sempre seguros e todos cumpriram as normas de segurança necessárias para que tal acontecesse.
Atrevo-me a dizer que a experiência começa no site, feito com um cuidado tal que se torna difícil não ficar ainda com mais vontade de visitar este espaço. Algures encontrarás um vídeo que, num minuto, ilustra bastante bem o que é o Magical Garden: um percurso sensorial noturno que nos propicia uma experiência imersiva graças às obras artísticas de luz espalhadas por mais de um quilómetro. São 300 lanternas, milhares de lâmpadas LED e vários hologramas e projeções de vídeo mapping (técnica que consiste na projeção de vídeo em estruturas de grandes dimensões). Cada elemento é mais incrível do que o outro.
O Magical Garden conseguiu trazer ainda mais encanto ao Jardim Tropical Botânico de Belém. Esta experiência é da autoria do ateliê OCUBO, que desenvolve projetos artísticos multimédia e vídeo mapping de grande impacto. Deixam-te um conselho: “Vive a magia da natureza… na cidade”. Podemos garantir-te que foi exatamente isso que aconteceu. Podes sempre ver por ti próprio. Estás à espera de que chova?
Artigo revisto por Andreia Custódio
Todas as fotografias da autoria de Mariana Coelho
AUTORIA
Depois de integrar a maioria das secções da revista, a Mariana ficou encarregue de incumbir esta paixão aos restantes membros. O gosto pela escrita esteve desde sempre presente no seu percurso e a licenciatura em Jornalismo veio exacerbar isso mesmo. Enquanto descobre aquilo que quer para o futuro, vai experimentando de tudo um pouco.