Opinião

O papel das Monarquias numa Europa de Repúblicas

Durante séculos a monarquia escreveu a história da Europa. Desde a formação dos reinos até aos nossos dias, a monarquia continua a ser o pilar de toda a nacionalidade. Atualmente, existem mais de cinco casas reais reinantes na Europa, onde o monarca continua a ser a principal figura do Estado e o pilar fundamental da democracia. Em muitos países a monarquia está manchada por mentiras, histórias e falhadas tentativas, por parte das repúblicas, de apagar o papel fundamental que esta teve e tem na evolução da sociedade. A meu ver, a monarquia é o único sistema de governação adequado a Portugal e a todos os países que desejem ser livres. No entanto, serão as monarquias adequadas à Europa?

Em primeiro lugar, temos a típica afirmação de que a monarquia gasta muito dinheiro dos contribuintes. Existem diversos exemplos que refutam a mínima veracidade desta afirmação: a monarquia britânica todos os anos rende à economia do país mais de mil milhões de libras (quer por atrair turistas, quer por influenciar as pessoas a comprar as mesmas roupas que os membros mais novos da mesma usam, etc.). Mais ainda, recentemente a herdeira ao trono dos Países Baixos, a Princesa Catharina-Amalia, rejeitou um subsídio anual de 1.6 milhões de euros. E, por fim, os palácios usados pelas famílias reais são, na sua grande maioria, propriedade do Estado, ou seja, são mantidos pelos governos devido à sua importância histórica e não para serem um luxo da família real. As repúblicas, por sua vez, usam todo o dinheiro dos contribuintes para “alimentar” a corrupção daqueles que ocupam cargos políticos e para defender os interesses financeiros de terceiros (fraudes, branqueamento de capitais, etc.).

Todos desejamos que o Chefe de Estado seja alguém que defenda os interesses da nação, no entanto, isso é tudo o que a república mais abomina e despreza. O monarca é a pessoa que desde o berço foi ensinada a defender e proteger o seu povo contra a corrupção política. Por isso, desde o início ao fim do seu reinado, impede que governos autoritários cheguem ao poder e proíbe que primeiro-ministro/a ou chanceler exerçam o seu poder sem nenhum “travão”. Um Presidente da República defende os interesses do seu partido. Como exemplo disso temos o recente acontecimento onde o Presidente da República mostrou clara preferência sobre um candidato do seu partido, ao aceitar uma audiência do mesmo, a menos de dois meses das eleições internas e agora eleições legislativas. Adiciono ainda as contínuas críticas que Cavaco Silva fazia aos governos de esquerda, esses mesmo que os portugueses escolheram para os representar. Um monarca jamais faria isto e manteria total imparcialidade (respeitando sempre a voz da população).

Todos os países passam tempos conturbados e precisam de alguém que os guie e traga a esperança de um futuro sorridente. Durante a Segunda Guerra Mundial, o povo britânico encontrou na família real conforto para ultrapassar o medo da guerra. Para aqueles que não sabem, os monarcas britânicos, na época Jorge VI e a rainha Isabel (pais da atual monarca), arriscaram a sua vida e permaneceram no centro de Londres. Muitas vezes as suas vidas foram colocadas em risco durante ataques aéreos. Atualmente, aniversários reais, casamentos, batizados, entre outras cerimónias criam uma unidade nacional que nenhuma república consegue criar e nunca criou.

Concluindo, após todas estas observações, parece que a monarquia é a solução para os problemas de uma nação e completamente adequada à Europa. Não podia estar mais de acordo com as seguintes palavras sábias de Carlos XVI da Suécia: A democracia e a monarquia fortalecem-se uma com a outra; há uma colaboração estreita. A monarquia é uma instituição estável e apolítica; vai além de todas as mudanças políticas; representa a história e a tradição”. Todos são livres de ter as suas opiniões pessoais, mas, quando se é português e se ama a pátria, não se pode compactuar com o regime.

Fonte de capa: Lifehacks

Artigo revisto por Catarina Peixe