O Romance que nos Faz Perguntar: Como Queremos Viver?
O novo romance emocionante, Todo o Tempo que Temos, estreou no mês passado e ainda está em exibição nos cinemas. Esta nova história de amor é protagonizada por Andrew Garfield e Florence Pugh, dois atores de renome que dão vida às personagens principais.
Num mundo onde os encontros inesperados podem redefinir o rumo das nossas vidas, Todo o Tempo Que Temos apresenta uma narrativa emocionante e singular. Esta narrativa, não linear, salta entre diferentes momentos da vida do casal, oferecendo uma perspetiva fresca e profundamente emocional sobre o amor e a efemeridade da vida. É uma obra que não se limita a contar uma história de forma convencional. Em vez disso, opta por explorar a memória humana e como esta se manifesta em flashes das nossas experiências mais significativas.
O filme conta a história de Almut (Florence Pugh), uma chef de cozinha carismática e determinada, e Tobias (Andrew Garfield), um recém-divorciado à procura de estabilidade. A história começa com um acaso – um acidente de viação que une os protagonistas – e desenrola-se através de cenas que variam entre o humor e o drama, incluindo momentos cómicos, como a caótica ida para a maternidade, e sequências mais intensas e marcantes, em particular a cena final, que promete arrancar lágrimas aos mais sensíveis. Essa oscilação entre os géneros não é apenas uma forma de entretenimento, mas sim uma ferramenta para refletir sobre a complexidade da vida e das decisões que enfrentamos quando confrontados com a fragilidade da existência.
A verdadeira mensagem de Todo o Tempo que Temos é a valorização do tempo e a procura por uma vida significativa, mesmo em face da incerteza e da mortalidade. Uma das questões centrais que o filme levanta – viver na procura de uma solução incerta para uma doença ou aproveitar intensamente o tempo restante, ciente das possíveis consequências – leva os espectadores a refletirem sobre as suas próprias prioridades e escolhas.
Todo o Tempo que Temos convida-nos a reavaliar o que é mais importante nas nossas vidas e a viver cada momento com plena consciência. Não há respostas certas ou erradas; apenas a certeza de que, sendo o nosso tempo finito, devemos aproveitá-lo com experiências que tragam felicidade.
No entanto, existem divisões na opinião do público sobre este filme. Enquanto para alguns a falta de respostas claras é considerada uma falha, para outros essa ambiguidade é precisamente o que torna o filme mais real e impactante.
No final, é uma celebração das imperfeições da vida e da importância de valorizar cada momento. Este filme deixa uma mensagem simples, mas valiosa: mesmo quando não há respostas certas, o amor e a coragem de recomeçar fazem com que cada segundo valha a pena.
P.S.: Se forem ver este filme aos cinemas preparem-se porque vão sair de lá com um pacote de lenços de papel a menos.
Fonte da capa: Vogue
Artigo revisto por Beatriz Mendonça
AUTORIA
Marta Reis uma jovem de 18 anos está a embarcar na sua jornada universitária, no primeiro ano da licenciatura de Relações Públicas e Comunicação Empresarial. Desde cedo o “bichinho” da leitura despertou-lhe uma paixão que só tem vindo a aumentar ao longo dos anos, alimentando igualmente o seu amor pela escrita. Fascinada por filmes antigos, Marta gosta de se perder nos clássicos, especialmente nos romances. A esta nova jornada junta também o início de uma aventura na ESCS Magazine, onde pretende aprimorar a sua escrita, como também partilhar tudo aquilo que mais lhe apaixona.