Região Norte recebe campeonato regional de boccia 2018-19
Decorreu nos dias 2 e 3 de Fevereiro de 2019, em Santa Maria da Feira, o campeonato regional de Boccia, região Norte, na categoria de Individuais BC3, 1ª e 2ª Divisão.
A modalidade organizada pela Paralisia Cerebral – Associação Nacional de Desporto (PCAND) realizou-se no Pavilhão Municipal de São João de Ver, Santa Maria da Feira. Contou com a presença de atletas que apresentavam dificuldades na preensão da bola e sem força funcional para fazer um lançamento para dentro de campo. 16 atletas na 1ª divisão e 21 atletas na 2ª divisão, de 12 clubes.
Segundo a PCAND, estes dois dias foram de uma competição elevada com atletas de altas performances que tinham objetivos comuns: alcançar o topo da classificação final, somar pontos e qualificar para o Campeonato Nacional de Boccia 2018-19.
Na vertente individual BC3, Avelino Andrade, atleta da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APP), e José Paiva, atleta da Associação Feirense de Desporto Adaptado (AFP), alcançaram o 1º lugar das respetivas 1ª e 2ª divisão, garantindo a passagem para o Campeonato Nacional de Boccia 2018-19.
Equipa da Paralisia Cerebral – Associação Nacional de Desporto (PCAND), BISFed Boccia Fazza World Open, Dubai, 2018. Fonte – PCAND
Avelino Andrade (Individual BC3) já conquistara a medalha de prata no BISFed Boccia Fazza World Open disputado no Dubai, no dia 20 de dezembro de 2018, posicionando Portugal em 2º lugar na vertente individual BC3 de Boccia.
Além da autarquia de Santa Maria da Feira, os participantes e os árbitros da competição contaram com o apoio de voluntários do Agrupamento de escuteiros 1357 de São João de Ver.
O Boccia é uma modalidade que pode ser disputada individualmente, por pares ou por equipas de três jogadores. O objetivo deste desporto é de lançar bolas de cor (seis azuis e seis vermelhas) com a intenção de que estas se aproximem de uma bola alvo (bola branca) lançada, estrategicamente, por um primeiro jogador, para dentro da área de jogo (Campo de Boccia).
Este desporto amplia oportunidades para pessoas com paralisia cerebral que desejam praticar uma modalidade em que partilham as mesmas condições com os demais participantes que possuem o mesmo nível de paralisia.
No entanto, o Boccia é um jogo misto e não tem limite de idade e pode ser jogado por pessoas portadoras ou não de dificuldades físicas ou motoras, pois as regras, assim como os recursos materiais, foram adaptados de forma a possibilitar a prática de pessoas com dificuldade motora.
De acordo com a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), esta modalidade divide-se da seguinte forma:
BC1 – Tetraplégicos com pouca amplitude de movimento funcional e pouca força funcional em todas as extremidades e tronco. Dependem de um acompanhante para ajustar ou estabilizar a cadeira, assim como para lhe dar a bola.
BC2 – Tetraplégicos com pouca força funcional em todas as extremidades e tronco, mas com capacidade para propulsionar a cadeira de rodas.
BC3 – Indivíduos com muitas dificuldades na preensão da bola e sem força funcional para fazer um lançamento para dentro de campo, motivo pelo qual são utilizadas calhas. Nesta classe estão incluídos outros tipos de deficiências com as mesmas características funcionais.
BC4 – Indivíduos portadores de deficiência motora com limite funcional superior idêntico à BC2.
A prática deste desporto requer agilidade, inteligência, concentração, habilidade, precisão, controlo muscular e, sobretudo, trabalho de equipa.
Em anexo terá acesso aos resultados das classificações finais do Campeonato regional de Boccia 2018-19.
http://pcand.pt/sites/default/files/documentos/resultados_finais_feira_2019_0.pdf
AUTORIA
Paula Suaila é uma estudante de jornalismo e redatora da secção Moda e Lifestyle. É semi-careca, é também a irmã perdida da Kelly Malcolm do Jurassic Park e tem quase a certeza de que, há duas vidas passadas, viveu na Dinastia Joseon. Quando não está a maratonar (#bingewatching) um drama coreano está a ler ou a ver algo relacionado com moda.
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