Santana Lopes afirma a sua posição no PSD e lança farpas a Rio e Costa
Numa sessão com centenas de apoiantes do PSD em Santarém, Santana Lopes falou da sua candidatura à presidência do partido e criticou Rui Rio e António Costa.
O candidato às presidenciais do PSD em janeiro, Pedro Santana Lopes, assume que está na corrida à liderança do partido para recuperar o espírito social-democrata e unir o partido. Defende por isso que os seus militantes devem orgulhar-se da história do PSD e do trabalho de Pedro Passos Coelho enquanto antigo primeiro-ministro – caracterizando-o como a “salvação nacional”.
Assim, critica as relações de proximidade existentes entre o seu adversário, Rui Rio, e o PS, relembrando a sua presença num almoço na Associação 25 de Abril a convite do antigo assessor parlamentar do partido socialista, António Colaço.
Em consequência de outra crítica a Rui Rio, Santana Lopes afirma que o principal objetivo do seu regresso à política é clarificar a imagem do PSD. Esta necessidade vem do facto de Rio afirmar que o partido agora disputado pelos dois nunca fora de direita.
“Nós somos um partido que vai do centro-direita até ao centro-esquerda. Francisco Sá Carneiro e Cavaco Silva nunca andaram entretidos com dissertações sobre essa matéria e levaram-nos a vitórias muito importantes. Eu quero fazer o mesmo, não tenho complexos nessas matérias”, garante Santana Lopes. “Estou com o partido quando o partido precisa de mim e não apenas quando eu preciso do partido”, prossegue.
Além do mais, Santana Lopes mostra o seu interesse em que as distritais do partido e as organizações regionais organizem debates.
O ex-secretário de estado da cultura, primeiro-ministro e presidente da Câmara da Figueira da Foz e Lisboa clarificou ainda a denominação do atual governo. Defende que este deve-se chamar “governo de esquerda com comunista” e não “gerigonça”, acusando o atual primeiro-ministro, António Costa, de gostar da última denominação.