Sítios em Portugal que inspiraram escritores
Que o nosso país é mágico já todos sabemos. Que é digno de cenários de histórias de amor e de aventura, também. O que podemos não saber é exatamente que autores e que obras se inspiraram nas bonitas paisagens lusitanas. Hoje vou partilhar com vocês cinco lugares em Portugal que inspiraram escritores.
“A Viagem do Elefante”, de José Saramago, tem um roteiro desenhado pelo próprio autor para o protagonista da obra. Este roteiro passa pelo centro de Portugal, e Saramago fê-lo um ano antes da sua morte. Podem pesquisar sobre ele e, quiçá, aventurar-se pelo roteiro que, tal como o livro, se chama “A Viagem do Elefante” e conhecer todos os sítios nos quais a história se desenrola.
Também o feiticeiro mais aclamado do mundo teve, na sua história, inspirações portuguesas. Quer seja no nome do vilão – inspirado em António Salazar – ou nos sítios da famosa Escola de Feitiçaria, J. K. Rowling deixou traços lusitanos ao longo da saga de Harry Potter. Alguns dos sítios que a inspiraram foram “A Livraria Lello”, no Porto, e os “Jardins do Palácio de Cristal” – há, inclusive, quem diga que a “Floresta Proibida” é inspirada nesses mesmos jardins –, também no Porto. O traje académico das universidades portuguesas serviu, também, de inspiração para o uniforme dos feiticeiros de Hogwarts.
O nosso Eça inspirou-se em Sintra para criar o cenário de “Os Maias” – como deve ser do conhecimento da maioria –, e bem. Mesmo hoje, ao passearmos pelos sítios por ele mencionados na obra, conseguimos sentir na brisa traços desses tempos. Contudo, não foram apenas “Os Maias” que foram inspirados pela bonita vila. Eça mencionava, em quase todas as suas obras, um pouco de Sintra.
Évora, no coração do Alentejo, serviu de cenário para “A Aparição”, de Virgílio Ferreira. Mais recentemente, saiu um filme que retrata a emblemática história e que mostra, crus e sentimentais, os sítios por onde o protagonista passou, mostrando Évora no seu completo esplendor e encanto, como ela merece.
Finalmente, também Carlos Pessoa se inspirou nas nossas ilhas para escrever “Açores – O Canto das Ilhas”. Com paisagens de cortar a respiração e de nos fazer perder no tempo, também os nossos arquipélagos mereciam uma obra que os destacasse.
Artigo revisto por Miguel Bravo Morais