Desporto

Taça das Confederações: onde, quando, como, e porquê

De 17 de junho a 2 de julho, as cidades russas de São Petersburgo, Moscovo, Kazan e Sóchi serão palco de um dos maiores acontecimentos futebolísticos do mundo. Mas… O que estará por detrás deste evento que cria pontes entre oceanos e continentes?

 

O que é?

A Taça das Confederações trata-se de um torneio de futebol organizado pela FIFA entre as seleções nacionais a cada quatro anos (a partir de 2005, anteriormente, realizava-se a cada dois anos). Os participantes são os seis

campeões continentais, o país-sede e o campeão mundial, perfazendo um total de oito países. É escolhida uma única seleção para cada continente, excetuando a América, pois ela classifica duas seleções: a seleção campeã da “Copa Ouro”, cujo torneio é disputado entre a América do Norte, América Central e Caribe e a “Copa América”, disputada pelos países que compõem a América do Sul.

A primeira edição foi disputada na Arábia Saudita, em 1992 tendo sido intitulada de Copa Rei Fahd. No entanto, foi só intitulada oficialmente de Taça das Confederações em dezembro de 1997, quando ocorreu em Riade – antes, era conhecida por Campeonato Intercontinental.

 

Estádio Rei Fahd

 

Como é avaliado o desempenho das equipas?

O desempenho das equipas é habitualmente avaliado por confederações ou por país: por exemplo, se observarmos os resultados dos anos anteriores, chegamos à seguinte conclusão: a CONMEBOL (Confederação Sul-Americana de Futebol) obteve cinco títulos, a UEFA (União das Federações Europeias de Futebol) três, a CONCACAF (Confederation of North, Central American and Caribbean Association Football) um e, a AFC (Confederação Asiática de Futebol), a OFC (Confederação de Futebol da Oceania) e a CAF (Confederação Africana de Futebol) ainda não arrecadaram nenhum título.

Em termos individuais, a história é outra: o Brasil levou para casa títulos em 1997, 2005, 2009 e 2013, França fez pela sorte em 2001 e 2003, a Argentina chegou longe em 1992 e a Dinamarca e o México sagraram-se vencedores em 1995 e 1999, respetivamente.

 

O Brasil foi a equipa vencedora em 2009

 

E em 2017…

Este ano, as oito equipas em competição são compostas por:

> A anfitriã:

Rússia – escolhida por sorteio pela FIFA (UEFA)

> Os representantes de cada federação continental:

Alemanha – campeã do Campeonato do Mundo (UEFA)

Austrália – vencedora da Copa da Ásia de 2015 (AFC)

Chile – vencedor da Copa América de 2015 (CONMEBOL)

México – campeão da Copa Ouro da CONCACAF de 2015 (CONCACAF)

Nova Zelândia – vencedora da Copa das Nações da OFC de 2016 (OFC) Portugal – campeão do Euro 2016 (UEFA)

Camarões – campeão da Copa das Nações Africanas de 2017 (CAF)

 

Como é que um país se torna anfitrião do evento?

Desde 2005, a competição desportiva ocorre sempre no país que receberá o próximo Campeonato Mundial de Futebol, para que as instalações existentes sejam testadas. Deste modo, a Rússia é o “país-sede” este ano.

No entanto, existentes questões exteriores a esta regra: por exemplo, em 2021, o Qatar não poderá receber a Taça das Confederações e a mesma ocorrerá num país asiático porque a organização encontra-se preocupada com as temperaturas exacerbadas que se vivem em junho e julho e chega-se mesmo a ponderar que o Mundial de 2022 também decorra em novembro.

 

A Rússia é a anfitriã deste ano e a simbologia do troféu é peculiar

 

Curiosidades acerca desta competição:

Melhor marcador: Romário, com 7 golos em 1997

Bola de Ouro: Denílson em 1997 e Neymar em 2013

Prémio FIFA Fair Play: dois países já o ganharam duas vezes: o Japão (2001 e 2003) e o Brasil (1999 e 2009)

Maior goleada de sempre: Espanha (10) versus Taiti (0), no Rio de Janeiro, em 2013

 

O arranque português:

A seleção lusitana começou por jogar frente ao México, única equipa que já venceu um título em prova e ainda invicta no apuramento para o Mundial de 2018 (com o acesso a este quase garantido). No entanto, o resultado não deixou margem para dúvidas: 2 igual e Portugal demonstrou estar tão bem preparado como os sul-americanos.

No dia 21, defrontou a Rússia e venceu com um golo, apontado pelo capitão da seleção das quinas, Cristiano Ronaldo, sem ter sofrido nenhum.

Parece que, para uma estreia, a equipa do país que mais se assemelha a “um jardim à beira-mar plantado” está a ter uma boa prestação!

A seleção de Fernando Santos termina a frase de grupos no dia 24 de junho (sábado), ao defrontar a equipa considerada a mais vulnerável do grupo, a Nova Zelândia.

AUTORIA

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Se virem uma rapariga com o cabelo despenteado, fones nos ouvidos e um livro nas mãos, essa pessoa é a Maria. Normalmente, podem encontrá-la na redação, entusiasmada com as suas mais recentes descobertas “AVIDeanas”, a requisitar gravadores, tripés, câmaras, microfones e o diabo a sete no armazém ou a escrever um post para o seu blogue, o “Estranha Forma de Ser Jornalista”… Ah, e vai às aulas (tem de ser)! Descobriu que o jornalismo é sua minha paixão quando, aos quatro anos, acompanhou a transmissão do 11 de setembro e pensou: “Quero falar sobre as coisas que acontecem!”. A sua visão pueril transformou-se no desejo de se tornar jornalista de investigação. Outras coisas que devem saber sobre ela: fica stressada se se esquecer da agenda em casa, enlouquece quando vai a concertos e escreve sempre demasiado, excedendo o limite de caracteres ou páginas pedidos nos trabalhos das unidades curriculares. Na gala do 5º aniversário da ESCS MAGAZINE, revista que já considera ser a sua pequena bebé, ganhou o prémio “A Que Vai a Todas” e, se calhar, isso justifica-se, porque a noite nunca deixa de ser uma criança e há sempre tempo para fazer uma reportagem aqui e uma entrevista acolá…!