Música

It’s been a long time coming… Taylor Swift estreia-se em Portugal

Taylor Swift estreou-se em Portugal com dois concertos esgotados no Estádio da Luz, e a ESCS Magazine esteve lá para reportar o evento.

Há já onze meses – marcados por problemas com a empresa de bilhetes SeeTickets e problemas de comunicação com a promotora espanhola Last Tour – que os fãs portugueses esperavam o momento em que a maior estrela pop da atualidade finalmente visitasse o país. A artista norte-americana chegou em grande e aterrou de jato privado no Aeroporto de Beja por volta das 13 horas do dia 24 de maio, data do primeiro concerto.

The Eras Tour celebra os dezoito anos de carreira da cantora, que dedica a cada álbum (“era”) um momento separado no concerto de mais de três horas.

A primeira noite de concerto teve início já depois das 20 horas, devido a um atraso por falta de organização, que deixou grande parte dos fãs fora do estádio durante quase todo o concerto de abertura da banda Paramore.

Depois de uma contagem decrescente de dois minutos, ao som da frase “It’s been a long time coming…”, Taylor Swift entra por baixo do palco enquanto os bailarinos cobrem a sua entrada com asas gigantes em tons de rosa e azul, representativos da era Lover, álbum de 2019. A partir daqui, assiste-se a um espetáculo de cor, gritos, felicidade e emoção. 

No segundo concerto, no qual a ESCS Magazine esteve presente, elogios ao público português não faltaram. Num dos seus discursos, Taylor Swift declarou: “Devíamos ter vindo a Portugal todas as vezes. É um erro que nunca mais vou cometer (…) Esta multidão é uma das mais memoráveis.

Fonte: Getty Images

Ainda à luz do dia, os fãs voltaram atrás no tempo com a artista. Fearless (2008) é a segunda era celebrada no concerto, com a música homónima, You Belong With Me e Love Story – com pedido de casamento na plateia incluído. Foi em We Are Never Ever Getting Back Together, música do álbum Red (2012), que aconteceu um dos momentos mais cómicos no concerto. Kameron Saunders, um dos dançarinos, terminou a ponte da música alterando a frase “Like ever!” por “Nem que a vaca tussa!

A música de dez minutos All Too Well foi cantada na sua totalidade e trouxe aos fãs o primeiro momento de calma – mas também choro –, estando apenas Swift e uma guitarra no palco. Este momento íntimo marcou o passar do dia para a noite e chegou a hora de Speak Now (2010) brilhar, trazendo Swift um vestido digno de um filme de princesas para cantar Enchanted.

Fonte: Getty Images

E se as primeiras eras mostraram a Taylor Swift a força do público português, foi provavelmente em reputation (2017) que a artista se rendeu. Assim que uma cobra apareceu nos ecrãs, marcando o início do ato de quatro músicas – …Ready For It?, Delicate, Don’t Blame Me e Look What You Made Me Do -, a euforia dos fãs disparou.

Com o lançamento recente de The Tortured Poets Department (TTPD), Swift foi forçada a alterar o alinhamento dos concertos na Europa – afinal, três horas e meia de concerto já são demasiado, mesmo para Taylor Swift. Os atos de folklore e evermore (2020) foram os que sofreram mais alterações, juntando-se num só. Das músicas que ficaram de fora fazem parte the 1 e the last great american dynasty (folklore), ‘tis the damn season e tolerate it (evermore) – esta última cuja performance era um dos melhores momentos do concerto. Agora, Taylor Swift aparece em cima de uma cabana representativa do primeiro álbum com um vestido vermelho para cantar oito músicas no total. Após champagne problems, a artista emocionou-se com os aplausos do público e com a ovação que durou cerca de quatro minutos, dizendo que queria mudar-se para Portugal.

Fonte: taylorswift no Instagram

Após 1989 (2014), que fez Swift cintilar em rosa e amarelo, a artista entrou com um vestido enorme desenhado por Vivienne Westwood e com a melodia de But Daddy I Love Him para iniciar o ato do álbum duplo The Tortured Poets Department, lançado em abril. Tanto aconteceu neste ato, ao qual a artista chama “Female Rage: The Musical”, que é difícil enumerar um momento alto. Desde a performance de Who’s Afraid Of Little Old Me? (que, segundo relatos, fez ecoar a voz destas 60 mil pessoas e foi ouvida no exterior do estádio), à mudança de roupa antes de I Can Do It With A Broken Heart e à dedicatória a Travis Kelce com So High School, tudo foi intenso e marcante.

Fonte: taylorswift no Instagram

E sem tempo para os “Swifties” descansarem, nem um minuto após o fim de TTPD, já Taylor Swift estava novamente em palco para cantar as músicas surpresa. Nesta parte do concerto, Swift habitualmente escolhia duas músicas para cantar acusticamente (uma em piano e outra em guitarra), mas, no início do ano, começou a experimentar juntar vários temas e o concerto de sexta-feira foi o único a receber cinco. Já no segundo concerto, a cantora surpreendeu os fãs ao cantar Long Live (uma das músicas que foram deixadas de fora dos concertos europeus, devido ao lançamento de TTPD) pela primeira vez na Europa e You’re On Your Own Kid, uma das favoritas dos “Swifties” e que cuja frase: “So make the friendship bracelets, take the moment and taste it” originou o fenómeno das pulseiras da amizade.

Infelizmente, os concertos não duram para sempre e Midnights (2022) finalizou a visita inesquecível da artista a Portugal. Com direito a fogo de artifício, uma dança sensual de cadeiras em Vigilante Sh*t e reprodução de uma mesa de xadrez pelos dançarinos em Mastermind, Taylor Swift terminou o concerto agradecendo aos fãs e pedindo um aplauso para a sua equipa que a acompanha já há mais de um ano pela digressão.

No dia seguinte, Swift agradeceu no Instagram e escreveu: “É oficial, deixei o meu coração em Lisboa. A minha primeira vez em Portugal e fizeram-me sentir como se estivesse em casa. Nunca esquecerei a maneira como nos trataram, o amor e a paixão avassaladores e as mãos no ar e o dançar e como gritaram cada letra!! Muito obrigada.”.

Fonte da capa: taylorswift no Instagram

Artigo revisto por Matilde Gil

AUTORIA

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Duarte tem 20 anos e foi apenas no fim do primeiro ano no curso de Publicidade e Marketing na ESCS que decidiu que Jornalismo era o seu futuro. Desde sempre que a música foi a sua grande paixão, associando cada uma das memórias mais antigas com uma música diferente. Com um gosto especial por pop e pop alternativo, sonha um dia poder fazer parte da equipa de uma rádio.