Capital

6 coisas que (ainda) não sabes sobre Lisboa

1-  Porque é que chamam alfacinhas aos lisboetas?
Há várias teorias em relação à origem desta alcunha: a origem árabe da palavra ‘alface’ poderá indicar que o cultivo de alface começou aquando da ocupação da Península, nomeadamente de Lisboa, pelos árabes. Por outro lado, há quem defenda a teoria de que num dos cercos de que a cidade foi alvo, os habitantes de Lisboa apenas tinham como alimento as alfaces das suas hortas.
Almeida Garrett, Aquilino Ribeiro ou até Miguel Torga celebrizaram o termo ‘alfacinha’ como lisboeta.

2- Sabias que Lisboa nunca foi oficialmente declarada como capital?
Até 1255, a corte era em Coimbra, mas, nesse ano, D. Afonso III quis mudar toda a corte para Lisboa. Devido ao grande estuário que a cidade tinha, era possível receber os grandes navios de mercadorias. Coimbra tinha menos condições do que Lisboa. Mas nem D. Afonso III, nem nenhum outro rei assinou qualquer documento que oficializasse Lisboa como capital oficial portuguesa: só o passou a ser porque a corte lá vivia em permanência.

3- Porque é que há um arco no meio da Praça de Espanha?
Chama-se Arco de S. Bento e fez parte da estrutura das Águas Livres, construído originalmente na Rua de S. Bento e tinha como principal função abastecer de água o chafariz da Esperança, a partir das Amoreiras. Esteve nesse mesmo local até aos anos 30, até à remodelação do antigo Palácio das Cortes – atual Assembleia da República – o que obrigou a que as suas pedras fossem desmontadas, numeradas e reconstruído nos relvados da Praça de Espanha.

4- Quais são, ao certo, as Sete Colinas de Lisboa?
Castelo, Graças, Monte, Penha de França, São Pedro de Alcântara, Santa Catarina e Estrela.

5- Existiu uma Primeira Circular?
Todos nós conhecemos a Segunda Circular. Poucos conhecem a Primeira. A sua origem remonta a 1852 e começava na Ponte de Alcântara e terminava na Cruz da Pedra, em Santa Apolónia. De Alcântara, passava pela Rua D. Maria Pia, por Campolide e pelas traseiras do, agora, El Corte Inglês, pela Avenida Duque de Ávila, Rua Morais Soares e terminava em Santa Apolónia, na Rua Cruz da Pedra. Ao longo do percurso existiam várias portas e alfândegas, onde se pagavam direitos pelos produtos entrados na cidade. Antigamente, toda a cidade se concentrava no interior da, na altura, Primeira Circular.

6- A estátua do Rossio é de um imperador mexicano?
É um mito urbano. Mas que pode ter uma ponta de verdade. Pelo que se sabe, o escultor da estátua tinha feito uma estátua do imperador Maximiliano do México, que, entretanto, terá sido fuzilado. Para não dar o trabalho por perdido, o escultor reciclou-a como homenagem a D. Pedro IV.