escstunis: um projeto feito de passado e de futuro
Boémia e história são as palavras que marcam o aniversário da escstunis. A tuna da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) faz 24 anos, no próximo dia 7. A data vai ser celebrada na sexta-feira, no auditório Vítor Macieira.
A escstunis é feita do passado mas também do futuro. Esta combinação permite que o projeto avance e evolua cada vez mais. A ESCS MAGAZINE falou com um dos membros mais novos da tuna, a Catarina Simões Farinha, e um dos mais velho, o Samuel Meneses.
A Catarina Simões Farinha, ou mais conhecida por “Xitex”, entrou oficialmente há pouco tempo na tuna e ocupa os naipes de soprano e cavaquinho. Relembra que a sua entrada oficial foi um dos melhores momentos que já vivenciou na tuna. Iam para Portalegre, para o festival Portus. Aquando da entrada do autocarro “a magíster, que é a Sofia, foi ao microfone dizer se tínhamos a certeza de que não tínhamos deixado nada na rua e, entretanto, chamou-me a mim e ao Carranca e disse para irmos lá à frente buscar os nossos trajes”, que até então não sabia dele, descreve. “Depois chegámos lá e atuámos com a tuna pela primeira vez”.
O momento da atuação e da subida em palco é um dos mais marcantes. Simboliza o trabalho feito até ali e o espírito de equipa. Samuel Meneses, “Cachopo”, é um dos mais antigos na escstunis. Entrou em 2010 e toca guitarra, contrabaixo e é tenor.
Segundo Samuel, subir ao palco “é algo que acaba por não ser um sentimento individual, mas é um sentimento em que estamos ali por alguma razão, por um bem maior”. Por isso, apesar dos 8 anos de experiência, o nervosismo ainda continua em palco. “Queremos que aquilo que andámos a preparar e a ensaiar corra da melhor maneira possível e também queremos sempre representar bem a escstunis e não deixar mal quem esteve na tuna antes de nós e quem também virá a seguir”, justifica.
A primeira vez que Catarina pisou o palco foi há cerca de uma semana, no festival Portus. Para ela, “foi o concretizar de um sonho”, uma vez que sempre ambicionou entrar para a tuna. Não o fez mais cedo porque não tinha disponibilidade para tal. Mas acredita que qualquer pessoa deve ter a experiência de um tunante. “A tuna muda qualquer pessoa e, acima de tudo, é um sítio onde temos muita coisa para aprender e estamos em constante crescimento”, revela.
24 horas de um tunante: o tema do 24º aniversário
A comunicação da escstunis apostou este ano nas horas que mais marcam a vida de um tunante. “O que tentamos celebrar agora neste aniversário é mesmo todas as pequenas coisas que acabam por fazer parte da vida de um tunante, todas as nossas rotinas”, justifica Samuel.
No Facebook da escstunis, apresenta-se os melhores momentos vividos em grupo. Para Catarina, a Hora H preferida – dentro das que foram difundidas – é a hora da alvorada, “porque a cada dia que passa é sempre uma oportunidade para darmos o nosso melhor”, acrescenta. Já para Samuel, a hora preferida é a de aprender as malhas e a do ensaio.
A escstunis ganhou até hoje 271 prémios. Para chegar a essa qualidade, é necessária uma grande quantidade de ensaios. Pode ser algo difícil de conjugar com a vida pessoal, mas a hora da festa é o momento perfeito para descontrair e celebrar o trabalho feito até aí.
“Por exemplo, na semana de 3 a 7 de dezembro, vamos ter ensaios todos os dias da semana. É um esforço muito grande para quem trabalha, para quem estuda. Portanto, é como se fosse o festejar e a recompensa que temos do trabalho e de todo o tempo que demos à tuna”, refere Catarina.
As horas de um tunante são ilustradas por diversão, amizade, partilha, rituais e muita dedicação. A amizade é uma das principais coisas que são retiradas desta experiência. Os companheiros de muitas horas passam a ser uma segunda família.
Quando entrou para a ESCS, Samuel Meneses não tinha ninguém em Lisboa, porque é natural dos Açores. Encontrou na tuna “uma família nova e muito grande” e, por isso, admite que “ser um tunante é estar pronto para qualquer eventualidade”.
Afinal de contas: o que é para cada um deles a Hora H?
A Hora H vai ser o evento de celebração no dia 7 de dezembro. No entanto, quisemos saber o que para cada um destes membros representa a hora H.
Para Samuel, a hora H não é só a hora da atuação – o momento em que estão em palco ou que tocam na rua -, mas também todos aqueles que se reúnem como tuna. “Todas as horas que estamos como escstunis, para mim, são hora H”, remata.
Para Catarina, um dos membros mais novos da família, é “a hora em que percebemos que a tuna é feita de todos nós”. Segundo ela, cada um tem um lugar e uma função importante na tuna, ou seja, “é importante por algum motivo”. No fundo, “são todos os momentos em que somos felizes”.
7 de dezembro, às 21h, no auditório: o evento que não vais querer perder
Para Samuel, a melhor história já vivenciada na escstunis foi o seu 20º aniversário. Conseguiu trazer vários ex-membros, várias tunas e fazer com que a comunidade escsiana se sentisse integrada nessa data.
Ano após ano, espera sempre melhor. No 24º aniversário, vão tentar “trazer alguns amigos mais antigos, mas também relações mais recentes – que acabam por representar novas amizades”. Revela-nos ainda que o espetáculo irá ao encontro do tema deste ano e, em forma de brincadeira, irá representar o dia-a-dia da escstunis.
Já saíram alguns dos nomes das tunas convidadas. A Magna Tuna Apocaliscspiana e a TUBA – Tuna Universitária de Belas-Artes são os nomes revelados para subir ao palco no dia 7 de dezembro, às 21h, no auditório Vítor Macieira.
Artigo corrigido por Rita Asseiceiro