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Riverdale – A série que parecia promissora

A segunda temporada da série da Netflix funciona como uma sequência da primeira e, como tal, vai responder a algumas das perguntas que ficaram em aberto. Esta continuidade de uma temporada para a outra acaba por criar um fluxo linear à narrativa. No entanto, esta temporada não me convenceu.

Blackhood. Este foi o nome que causou o caos em Riverdale e que veio acabar com a pouca inocência que a cidade poderia ter. O homem da máscara preta era um assassino mascarado que tencionava punir a cidade por esta estar repleta de pessoas pecadoras.

O começo era promissor. A segunda temporada começou da melhor forma e agarrou logo o espectador com a primeira morte, mesmo ainda sem se perceber o que iria acontecer a partir dali.

O assassino foi a trama central da temporada e conferiu-lhe dinamismo e mistério. Fez com que todos desconfiassem de todos. No entanto e, infelizmente, foi das poucas coisas bem conseguidas na temporada.

Um dos pontos negativos da segunda temporada foi, sem dúvida, o número de episódios. 22 episódios. O elevado número fez com que o telespetador não se conseguisse lembrar do que se tinha passado no início da temporada e, por conseguinte, que muitos episódios não marcassem e caíssem em esquecimento.

Menos às vezes significa mais. Foi o que aconteceu com Riverdale. Depois do grande sucesso na primeira temporada, acabou por se perder na segunda. A narrativa teria funcionado muito melhor com cerca de 12 episódios. Isso chegaria e marcaria muito mais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Hiram Lodge e Archie Andrews

 

Outro nome muito falado foi Hiram Lodge. O pai de Veronica, que estava preso na primeira temporada, surge nesta segunda e foi um dos pontos fulcrais, pois fez a temporada mexer.

Hiram Lodge trouxe muitos aspetos políticos e de corrupção. No entanto, tudo seria perfeito se, como referi, os episódios não fossem tantos. A história começou a tornar-se maçadora principalmente porque envolveu a relação de Hiram com Archie. A guerra entre os dois, que no início era uma ótima relação, cansou o telespetador.

No entanto, nem tudo foi menos bom. As personagens voltaram a surpreender e a marcar pela diferença.

Archie tem um papel muito mais relevante nesta temporada e está à frente de quase todos os confrontos que vão acontecer. Cheryl Blossom teve um crescimento incrível como personagem pois os conflitos constantes com a sua mãe deram vida à personagem. Quem não gostava de Cheryl na primeira temporada, não consegue ficar indiferente e não passar a gostar da personagem. Jughead Jones é a personagem que funciona para interligar os dois mundos de Riverdale. O lado norte e o lado sul.

Jughead Jones e Cheryl Blossom

 

Um dos temas principais da temporada foi, mais uma vez, o poder iminente que as mulheres têm. Também as confusões entre o lado norte e o lado sul desempenham um retrato do conflito atual na sociedade, abordando temas como a exclusão e o preconceito.

O final não foi brilhante. Deveria ter sido algo arrebatador, como a temporada estava a pedir, mas não o foi. No entanto, o mote foi dado para a temporada 3.

A terceira temporada estreou a 10 de outubro. Esperamos que a nova temporada seja surpreendente e traga tudo aquilo que faltou à segunda.

 

Corrigido por Ana Margarida