O número de mortes na estrada aumenta pelo segundo ano consecutivo
Em 2018, 512 pessoas perderam a vida nas estradas portuguesas, segundo os dados provisórios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). No ano anterior, o número de mortes tinha sido 510, o que representa uma subida em relação a 2016.
O Governo anunciou há quase um ano, após a reunião da Comissão Interministerial para a Segurança Rodoviária, no âmbito do Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária (PENSE 2020), medidas como a redução da velocidade nas localidades, inspeções obrigatórias para motociclos e o controlo do uso de telemóveis ao volante, que nunca chegaram a sair do papel, refere o Jornal de Notícias (JN).
O objetivo que se previa com este plano seria chegar ao ano de 2020 com o registo de 399 mortes nos 30 dias após os acidentes; no entanto, os números chegam quase ao dobro. Em 2017, no prazo dos 30 dias, registaram-se 602 vítimas mortais nas estradas portuguesas.
“Temos tido planos e estratégias, mas a passagem do papel para a realidade é uma parte do problema”, referiu o presidente da Associação Estrada Mais Segura, João Queiroz, acrescentando que o aumento da sinistralidade rodoviária se verificou também com a diminuição das consequências da crise económica. “Nos anos da crise, houve menos pessoas na estrada, velocidades mais moderadas e menos jovens a comprar carro. Agora que existe a perceção de que a crise acabou, o efeito deixa de se sentir.”
Na Operação “Ano Novo”, levada a cabo pela Guarda Nacional Republicana (GNR), registaram-se oito mortos e 18 feridos nas estradas, desde o dia 28 de dezembro.
Artigo corrigido por Rita Serra